Uma reformulação no calendário do futebol brasileiro, anunciada pela CBF, trará mudanças significativas a partir de 2026. A principal delas é que clubes que estiverem disputando a Libertadores ou a Sul-Americana não poderão participar de torneios regionais como a Copa do Nordeste, Copa Verde e a recém-criada Copa Sul-Sudeste. Essa medida visa desafogar o calendário das equipes de elite e dar mais espaço para os times de divisões inferiores.
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Fonte: ge
Impacto nos Clubes e Competições Regionais
O Bahia, atual campeão da Copa do Nordeste, é um dos clubes que podem ser afetados pela nova regra. Caso se classifique para a Libertadores ou Sul-Americana em 2026, o Tricolor Baiano não poderá defender seu título no Nordestão. Em 2025, Bahia, Fortaleza e Vitória disputaram competições continentais e, portanto, não poderiam ter jogado a Copa do Nordeste sob as novas regras. Essa mudança levanta a questão: como essa decisão impactará a competitividade e o interesse nos torneios regionais?
Novo Formato dos Torneios Regionais
A CBF também anunciou mudanças nos formatos das competições regionais. A Copa Verde será reformulada e se tornará uma Supercopa, com a disputa entre os campeões da Copa Norte e da Copa Centro-Oeste. A Copa do Nordeste passará a ter 20 clubes participantes, e a nova Copa Sul-Sudeste contará com 12 equipes. Os regionais serão disputados entre 25 de março e 7 de junho de 2026, após o término dos campeonatos estaduais.
Detalhes das Competições
- Copa Verde (Copa Norte x Copa Centro-Oeste): 24 clubes e 10 datas
- Copa do Nordeste: 20 clubes e 10 datas
- Copa Sul-Sudeste: 12 clubes e 10 datas
Calendário Brasileiro 2026: Mais Novidades
Além das mudanças nos torneios regionais, o calendário de 2026 trará outras novidades. O Campeonato Brasileiro terá início no final de janeiro, e a final da Copa do Brasil será disputada em jogo único. A Série C terá 24 clubes em 2027 e 28 em 2028, enquanto a Série D terá 96 clubes a partir de 2026. A CBF planeja investir cerca de R$ 82 milhões nessas reformulações.
“Essas mudanças têm dois motivos e objetivos principais: reduzir a carga de jogos dos times da elite do futebol, que enfrentam maratonas, e ampliar a competição para equipes que passam meses inativas. É uma questão de justiça esportiva e equilíbrio.”
Estaduais e o Brasileirão
Os campeonatos estaduais serão mantidos, porém com menos datas (11 datas, com três meses de duração). A ideia é não prejudicar o "ecossistema" do futebol nas federações, que inclui times menores e jogadores de menor projeção. O Campeonato Brasileiro começará mais cedo, em 28 de janeiro, o que pode gerar conflitos de datas com os estaduais e as fases preliminares da Libertadores. A CBF pretende adiar os jogos do Brasileirão dos times envolvidos nessas competições.
Nova Copa do Brasil
A Copa do Brasil também passará por mudanças significativas. O número de participantes aumentará de 92 para 126. As quatro primeiras fases serão disputadas em jogos únicos por times de menor ranqueamento, e os clubes da Série A entrarão na quinta fase. A final será em jogo único, em sede pré-definida pela CBF, e fechará o calendário do futebol brasileiro.
Impacto e Perspectivas Futuras
A reformulação do calendário do futebol brasileiro para 2026 busca equilibrar a distribuição de jogos entre os clubes de elite e os de divisões inferiores. A ausência dos clubes da Libertadores e Sul-Americana nos torneios regionais pode abrir espaço para novos protagonistas e aumentar a competitividade nessas competições. No entanto, o sucesso dessas mudanças dependerá da capacidade da CBF em gerenciar os conflitos de datas e garantir a sustentabilidade financeira dos clubes envolvidos. A longo prazo, a expectativa é que o novo calendário contribua para o desenvolvimento do futebol brasileiro em todos os níveis. Outro ponto importante é que, com as novas regras, a CBF pretende abrir mão das duas vagas nas fases preliminares em troca de mais uma na fase de grupos da Libertadores, a partir de 2027, mas ainda enfrenta grande resistência da CONMEBOL.
A redução no número de jogos para os times da Série A é notável, com uma diminuição de até 9 partidas por temporada. Atualmente, cada time da Série A disputa, em média, 67,5 jogos por temporada. Resta saber se as mudanças serão suficientes para aliviar o calendário e melhorar o desempenho dos clubes brasileiros em competições internacionais.