Motim em Presídio de Hortolândia: Detentos Quebram Celas e Incendeiam Colchões

Na manhã desta segunda-feira (24), a Penitenciária 3 de Hortolândia, no interior de São Paulo, foi palco de um motim. Detentos quebraram portas automatizadas das celas e atearam fogo em colchões e outros objetos, gerando uma densa fumaça vista em diversos pontos da cidade. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que o motim pode ter sido motivado pela apreensão de bebida alcoólica artesanal no domingo (23).

Controle da Situação e Medidas Adotadas

A ocorrência, classificada pela gestão Tarcísio de Freitas como "um ato coletivo de indisciplina num dos pavilhões", foi controlada pela Célula de Intervenção Rápida (CIR) por volta das 14h30. A Polícia Militar foi acionada e permaneceu do lado de fora da unidade para evitar possíveis fugas. O helicóptero Águia da PM sobrevoou o presídio, acompanhando a situação. A SAP informou que os detentos envolvidos no motim serão transferidos para outras unidades prisionais do estado.

Superlotação e Contexto da Rebelião

A Penitenciária 3 de Hortolândia, que abriga presos provisórios em regime fechado, enfrenta um problema de superlotação. A unidade tem capacidade para 700 presos, mas abrigava 1.277 pessoas na última contagem, realizada em 19 de novembro. Segundo o Sindpenal (Sindicato dos Policiais Penais do Estado de São Paulo), as informações iniciais apontavam para uma briga entre os detentos, sem reféns. A ação rápida da Célula de Intervenção Rápida (CIR) foi crucial para evitar a escalada da situação.

Repercussão e Investigação

O incidente gerou grande preocupação na região, com moradores registrando imagens da fumaça densa que emanava do presídio. A SAP está investigando as circunstâncias da apreensão da bebida alcoólica artesanal e apurando as responsabilidades pelo motim. Qual o impacto dessa situação na segurança do sistema prisional paulista?

Apreensão de Bebida Alcoólica: O Gatilho para a Rebelião?

De acordo com a CNN Brasil, a confusão teve início após policiais penais apreenderem uma bebida alcoólica artesanal durante o domingo (23). A apreensão de bebidas artesanais, prática comum em presídios, demonstra a dificuldade em controlar o fluxo de itens proibidos dentro das unidades. A SAP classificou a ação como um ato coletivo de indisciplina.

Transferências e Restabelecimento da Ordem

A SAP informou que os envolvidos no motim serão transferidos para outros presídios paulistas. Essa medida visa restabelecer a ordem e a disciplina na Penitenciária 3 de Hortolândia, além de evitar novos incidentes. A transferência dos detentos é uma prática comum em situações de crise no sistema prisional, visando a segurança e o controle das unidades. Até o momento, não há registro de feridos ou reféns.

Impacto e Próximos Passos

O motim na Penitenciária 3 de Hortolândia reacende o debate sobre as condições do sistema prisional brasileiro e a necessidade de investimentos em infraestrutura e pessoal. A superlotação, a falta de recursos e a entrada de itens proibidos são desafios constantes que contribuem para a instabilidade nas unidades prisionais. As autoridades competentes devem tomar medidas efetivas para garantir a segurança e a ordem no sistema prisional, bem como promover a ressocialização dos detentos.
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