O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou uma alta de 0,23% na primeira quadrissemana de novembro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Este resultado representa uma aceleração em relação ao fechamento de outubro, quando o índice havia subido 0,14%. Em 12 meses, o IPC-S acumula um aumento de 3,98%.
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Fonte: Valor Econômico
Quais fatores impulsionaram a alta do IPC-S?
De acordo com a FGV Ibre, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. O principal destaque foi o grupo Educação, Leitura e Recreação, que reverteu um cenário de deflação e passou de -0,43% para 0,10%. Outros grupos que também contribuíram para o aumento do IPC-S foram:
- Alimentação (0,08% para 0,20%)
- Habitação (-0,23% para -0,12%)
- Despesas Diversas (0,50% para 0,75%)
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,65%)
Desaceleração em outros setores
Apesar do aumento em diversos setores, alguns grupos apresentaram recuo em suas taxas de variação, como Transportes (0,33% para 0,23%), Vestuário (0,66% para 0,39%) e Comunicação (0,14% para 0,12%).
Panorama nas capitais brasileiras
O Jornal de Brasília reportou que o IPC-S acelerou em seis das sete capitais pesquisadas. A maior aceleração foi observada em Salvador (0,05% para 0,19%), seguida por Brasília (0,25% para 0,37%), Porto Alegre (0,07% para 0,16%), São Paulo (0,20% para 0,29%), Rio de Janeiro (0,03% para 0,11%) e Belo Horizonte (-0,28% para -0,14%). Apenas Recife apresentou ligeira desaceleração (0,76% para 0,75%).
O que esperar do cenário inflacionário?
O aumento do IPC-S na primeira quadrissemana de novembro indica que a inflação ainda apresenta resistências em sua trajetória de desinflação. De acordo com a ADVFN, a inflação de serviços e transportes continua sendo um ponto de atenção, especialmente com o aumento dos preços de viagens e combustíveis. Tal cenário pode influenciar as expectativas do mercado para a política monetária e para os juros futuros.
Impacto no mercado financeiro
Como o mercado financeiro reage a essa notícia? Notícias como essa costumam gerar reações distintas. O aumento do IPC-S pode pressionar o mercado de títulos públicos e elevar as taxas dos contratos futuros de juros, enquanto o mercado de ações pode reagir de forma cautelosa diante do possível impacto sobre o consumo e os custos das empresas. No câmbio, o Dólar Comercial tende a oscilar conforme as expectativas de política monetária.
Destaque para o aumento das passagens aéreas
Recife apresentou a maior alta entre as capitais, impulsionada pelo forte aumento nas passagens aéreas, que subiram 18,36%. Já Belo Horizonte teve a menor variação, influenciada pela queda nos preços da gasolina, que recuaram 3,75%.
Considerações Finais
A aceleração do IPC-S no início de novembro, impulsionada principalmente pelos setores de Educação, Alimentação e Saúde, sinaliza que a batalha contra a inflação ainda não está ganha. O mercado financeiro permanece atento aos próximos dados e às decisões do Banco Central, buscando prever os rumos da economia brasileira.