Um grave acidente na BR-376, na madrugada desta quarta-feira (12), resultou na morte de um caminhoneiro e deixou 14 pessoas feridas, incluindo uma família que viajava para o parque Beto Carrero World, em Penha, Santa Catarina. O engavetamento envolveu um caminhão-baú, uma carreta e a van que transportava a família de Prudentópolis, Paraná. A colisão ocorreu por volta das 4h45, no km 667 da rodovia, entre Tijucas do Sul e Guaratuba (PR), próximo à divisa com Santa Catarina.
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Fonte: G1
O Acidente e Suas Consequências
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu em um trecho da BR-376 que estava em obras, com apenas uma faixa liberada para o tráfego. O motorista do caminhão-baú, Alisther Hubl do Rosário, de 22 anos, que veio a falecer no local, ao perceber a lentidão na pista, tentou desviar para as faixas interditadas e, ao retornar para a faixa liberada, colidiu com a van. Com o impacto, a van foi arremessada contra a mureta de proteção, e o caminhão atingiu a carreta que seguia à frente.
A cabine do caminhão se desprendeu do chassi e ficou presa na traseira da carreta, enquanto o baú foi lançado para a lateral da pista. A van e o caminhão pegaram fogo após a colisão. O corpo de Alisther foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba.
O Resgate e as Vítimas
O motorista da van, Luciano Voyvoda, mesmo ferido, demonstrou heroísmo ao utilizar uma faca para cortar os cintos de segurança e retirar os 15 passageiros antes que o veículo fosse completamente consumido pelas chamas. "Não vi buzina, não vi luz, só senti uma pancada - e aí, as pessoas gritando. O desespero foi grande", relatou Voyvoda à RPC.
Dos 16 ocupantes da van, 14 ficaram feridos, sendo que um jovem de 21 anos e uma criança de 8 anos foram socorridos em estado grave. A rodovia ficou totalmente interditada no sentido sul, causando um congestionamento de mais de 24 quilômetros.
A Tragédia Pessoal do Caminhoneiro
Alisther Hubl do Rosário, o caminhoneiro que faleceu no acidente, era natural de Itajaí e morava em Barra Velha. Ele era casado e pai de um bebê. A empresa NHC Transportes, onde Alisther trabalhava, lamentou a perda do colaborador, destacando seu profissionalismo, alegria e dedicação.
James José, motorista de uma das carretas atingidas, relatou que Alisther tentou evitar uma tragédia ainda maior ao perceber que seu caminhão estava sem freio. "Ele já veio lá de cima sem freio. Tentou livrar o pessoal, tentou livrar todo mundo", afirmou James. "É mais um amigo de estrada que não vai ver o filho, não vai ver a esposa. Essa é a nossa realidade, infelizmente".
Investigações e Apuração
As causas do acidente estão sendo investigadas pela PRF, com o apoio da Polícia Científica. A Arteris Litoral Sul informou que havia uma obra de reparo do pavimento na serra no momento da batida, com a faixa da direita e a central interditadas e a faixa esquerda liberada para o tráfego. A concessionária afirmou que a rodovia estava devidamente sinalizada.
O Que Poderia Ter Sido Feito?
A tragédia na BR-376 levanta questões sobre a segurança em trechos rodoviários em obras e a importância da manutenção preventiva dos veículos, especialmente dos caminhões. Será que medidas adicionais de sinalização e fiscalização poderiam ter evitado o acidente? O caso serve de alerta para a necessidade de investimentos em infraestrutura e segurança viária, a fim de prevenir novas tragédias.