Marjorie Estiano mergulha na vida da socialite Ângela Diniz na minissérie 'Ângela Diniz: Assassinada e Condenada', da HBO Max, explorando o feminicídio e o patriarcado. A produção, inspirada no podcast 'Praia dos Ossos', busca retratar a história de Ângela, assassinada em 1976 por Doca Street, e a impunidade que marcou o caso.
:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_51f0194726ca4cae994c33379977582d/internal_photos/bs/2025/F/2/ZoAbaWSAC8R0KXYHuGBw/mv5boge3njuxnzctmzk4ny00m2vmlthjytytmwjkmzbjmtdhzjrixkeyxkfqcgc-.-v1-.jpg)
Fonte: Globo
A complexidade de Ângela Diniz
A minissérie da HBO Max, com novos episódios às quintas-feiras, mergulha na vida de Ângela Diniz, interpretada por Marjorie Estiano, buscando humanizar a figura da socialite e expor as contradições da época. A produção aborda o feminicídio, a impunidade e o sistema patriarcal que culminaram no trágico assassinato.
O impacto do caso na sociedade brasileira
O assassinato de Ângela Diniz em 1976 e o julgamento de Doca Street, que inicialmente recebeu uma pena branda, geraram grande comoção e impulsionaram o movimento feminista no Brasil. O slogan "Quem ama não mata" se tornou um símbolo da luta contra a violência de gênero.
Marjorie Estiano e o feminismo
Marjorie Estiano relata que interpretar Ângela Diniz a fez refletir sobre o patriarcado internalizado e a importância do feminismo. A atriz destaca que, apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta altos índices de violência contra a mulher.
“Ao viver Ângela Diniz, entendi ainda mais o valor do movimento feminista, das transgressões e das lutas das mulheres nos seus diversos âmbitos. Relacionar a década de 1970 com as outras gerações e com os dias atuais é fundamental para vermos não só as conquistas, mas o quanto ainda precisamos batalhar.”
Doca Street: da impunidade à condenação
Inicialmente condenado a uma pena leve, Doca Street teve seu julgamento revisto após pressão popular, sendo condenado a 15 anos de prisão. O caso expôs o machismo presente na sociedade e no sistema judiciário da época. Em 2023, o STF proibiu o uso da tese de "legítima defesa da honra" em julgamentos, considerada inconstitucional.
Relevância da minissérie
A minissérie 'Ângela Diniz: Assassinada e Condenada' busca trazer à tona discussões importantes sobre feminicídio, violência de gênero e a luta por direitos das mulheres. A produção se junta a outras obras que revisitam o caso, como o podcast 'Praia dos Ossos' e o filme 'Ângela', com o objetivo de manter viva a memória de Ângela Diniz e conscientizar sobre a importância do combate à violência contra a mulher. A produção é um lembrete de que a luta por igualdade e justiça ainda não acabou e que é necessário um esforço contínuo para transformar a mentalidade da sociedade.