Ibovespa Atinge Novo Recorde: 158 Mil Pontos Impulsionado por Copom e IPCA

O Ibovespa disparou nesta terça-feira, alcançando um novo recorde ao superar os 158 mil pontos. A valorização foi impulsionada pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que sinalizou uma possível manutenção da taxa Selic em 15%, e pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, que apresentou desaceleração. Paralelamente, o dólar registrou recuo frente ao real.

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Fonte: G1

Ata do Copom e Perspectivas para a Selic

A ata do Copom reforçou a expectativa de que o Banco Central manterá a taxa Selic em 15% ao ano, visando controlar a inflação. O documento indica que a recente inflação tem se mostrado mais favorável, refletindo a valorização do câmbio e a queda nos preços das commodities e alimentos. No entanto, a demanda aquecida e o mercado de trabalho resiliente ainda exercem pressão sobre os preços.

"Endossando o cenário esperado do Comitê até aqui, há uma moderação gradual da atividade em curso, certa diminuição da inflação corrente e alguma redução nas expectativas de inflação", informou o Banco Central.

O mercado financeiro projeta o início de um ciclo de corte nos juros básicos da economia a partir de janeiro de 2026. Contudo, o Copom enfatizou que seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta dos juros, caso julgue necessário para garantir o cumprimento de seu mandato de levar a inflação à meta.

Desaceleração do IPCA em Outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,09% em outubro, representando uma desaceleração em relação à taxa de 0,48% observada em setembro. No acumulado do ano, o indicador acumula alta de 3,73%, e em 12 meses, a variação ficou em 4,68%, abaixo dos 5,17% registrados no período anterior.

Essa desaceleração do IPCA, juntamente com as perspectivas de manutenção da Selic, tem contribuído para um cenário mais favorável para a Bolsa, conforme avalia Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Cenário Internacional e Impacto no Ibovespa

Nos Estados Unidos, a possível resolução da paralisação do governo, que já se estende por mais de 40 dias, também contribui para o otimismo nos mercados globais. O Senado aprovou uma medida provisória de financiamento, com apoio de democratas centristas, para tentar encerrar o impasse. Além disso, a redução dos juros nos Estados Unidos, iniciada em setembro, também tem influenciado o cenário.

Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital, avalia que a cautela nos EUA devido a incertezas com empresas de inteligência artificial direciona fluxo para mercados emergentes, como o Brasil. O diferencial de juros elevado e a sinalização de corte de juros pelo Copom tornam o país ainda mais atrativo.

Perspectivas e Próximos Passos

Diante desse cenário, o Ibovespa mantém o rali recente e pode atingir os 180 mil pontos em 2025, com potencial para alcançar os 200 mil pontos, impulsionado pelo fluxo positivo de investimentos. No entanto, é importante ressaltar que essa projeção depende da ausência de eventos drásticos que possam impactar negativamente o mercado.

Setores em Destaque

  • Petróleo: Avanço de cerca de 1,20% no mercado internacional.
  • Minério de Ferro: Subiu 0,20% em Dalian, na China.

Empresas em Foco

Investidores também estão atentos aos balanços de empresas como Braskem (BRKM5) e MBRF (MBRF3), entre outras.

O cenário econômico e político, tanto no Brasil quanto no exterior, continua a ser monitorado de perto pelos investidores, que buscam sinais para os próximos passos da política monetária e seus impactos no mercado financeiro. A combinação de fatores como a ata do Copom, a desaceleração da inflação e o otimismo em relação ao cenário internacional tem impulsionado o Ibovespa a novos patamares, refletindo a confiança dos investidores no potencial de crescimento da economia brasileira.

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