Roma se prepara para uma manifestação nacional em apoio à Faixa de Gaza, com um esquema de segurança reforçado que mobilizará cerca de 2 mil agentes da Polícia de Estado, Carabinieri, Guarda de Finanças, Polícia Local e unidades especiais. O protesto, marcado para este sábado, visa denunciar o "massacre" em Gaza e o recente bloqueio naval sofrido pela Flotilla.

Fonte: Radio Colonna
Plano de Segurança Detalhado
O Comitê Provincial para a Ordem e Segurança Pública, liderado pelo prefeito de Roma, Lamberto Giannini, definiu um plano operacional abrangente. As forças de segurança estarão em alerta máximo até segunda-feira, com todas as licenças e férias suspensas para garantir a plena capacidade operacional durante o fim de semana, considerado crítico para a manutenção da ordem pública.
Percurso e Expectativas da Manifestação
O cortejo autorizado terá início às 14h30 em Piazzale Ostiense, em frente à Porta San Paolo. O percurso seguirá pela viale Aventino, via di San Gregorio, Coliseu, via Labicana e via Merulana, terminando na piazza San Giovanni in Laterano no final da tarde. Apesar da estimativa dos organizadores de 20 mil participantes, espera-se um número ainda maior, com pessoas chegando de diversas regiões da Itália. Qual o impacto real dessa mobilização nas ruas de Roma?
Adesão e Apoio Político
O Partido Democrático de Reggio Calabria (Pd) anunciou sua adesão à greve nacional convocada pela CGIL (Confederação Geral Italiana do Trabalho), demonstrando solidariedade com as manifestações pacíficas em prol de Gaza. Giuseppe Panetta, secretário da Federação Metropolitana do Pd de Reggio Calabria, afirmou:
"Não é aceitável que o governo tente ignorar ou criminalizar o grito das praças. Cidadãos que de forma pacífica manifestam solidariedade a Gaza pedindo um cessar-fogo e o respeito dos direitos humanos devem poder fazê-lo livremente."
Panetta também enfatizou que o partido compartilha das palavras da secretária nacional Elly Schlein, que defende que a voz de centenas de milhares de manifestantes não pode ser sufocada ou tratada como extremismo.
Possíveis Infiltrações e Monitoramento
A polícia está atenta à possível presença de grupos radicais e extremistas, incluindo membros de centros sociais como o Askatasuna de Torino, que já teriam confirmado sua participação. A Digos e o núcleo informativo do comando provincial dos Carabinieri de Roma intensificaram as atividades de inteligência para monitorar qualquer tentativa de infiltração. Controles rigorosos estão sendo realizados nos principais pontos de entrada da capital, como Anagnina, Ponte Mammolo e Rebibbia, de onde se esperam chegadas organizadas.
Protestos Anteriores e Mobilização Contínua
Na noite de quarta-feira, milhares de pessoas já protestaram, marchando da piazza dei Cinquecento até San Silvestro, em resposta à intervenção militar israelense contra a Global Sumud Flotilla. A mobilização se estendeu a instituições de ensino, com ocupações de coletivos estudantis na faculdade de Ciências Políticas da Sapienza e em diversos liceus da cidade. Tensões foram registradas em frente ao liceu artístico Caravillani.
Reivindicações e Greves Adicionais
Além da manifestação principal, diversas organizações sindicais, incluindo a CGIL, convocaram novas mobilizações imediatas. Uma greve geral com concentração na piazza dei Cinquecento, em frente à estação Termini, está prevista. A tudo isso se soma a greve já proclamada pela SI Cobas, que começou no dia anterior. O cenário aponta para um fim de semana de alta tensão em Roma.
Reações e Medidas Adotadas
O questor de Roma, Roberto Massucci, garantiu que o serviço de ordem será massivo, mas respeitará os direitos constitucionais dos manifestantes. Reforços foram solicitados de outras regiões. Após o sequestro de ativistas da Flotilla ao largo de Gaza, a tensão aumentou, levando a um aumento da mobilização e vigilância. A cidade está preparada para um dia de protestos significativos, com impacto potencial no cotidiano dos cidadãos e na ordem pública.