Paraguai declara PCC e CV terroristas e reforça fronteira após Argentina

O governo do Paraguai anunciou nesta quinta-feira (30) que o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) serão declarados organizações terroristas. A medida, que segue o exemplo da Argentina, visa aumentar os controles na fronteira com o Brasil. O anúncio ocorre em meio à crescente preocupação com a expansão das facções criminosas brasileiras para países vizinhos, intensificada após a megaoperação no Rio de Janeiro que resultou em mais de 120 mortos.

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Fonte: CNN Brasil

Alerta máximo na fronteira

Além da declaração formal, o Paraguai ativou o alerta máximo em toda a faixa de fronteira com o Brasil, especialmente na região leste. Segundo Cíbar Benítez, ministro do Comando de Defesa Nacional do Paraguai, o país aumentará a presença de pessoal e o reforço de meios de defesa e segurança. O controle migratório e o patrulhamento serão intensificados, com o objetivo de prevenir entradas ilegais e fortalecer a cooperação com os governos do Brasil e da Argentina.

Medida similar na Argentina

A Argentina já havia incluído o CV e o PCC no Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo (Repet). A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, reforçou que o país está tomando medidas para proteger seus cidadãos de possíveis desdobramentos da operação no Rio de Janeiro. Há informações de que 39 brasileiros estão presos na Argentina, alguns deles ligados às facções.

O que motiva a decisão?

A decisão do Paraguai e da Argentina reflete a crescente preocupação com a expansão do Comando Vermelho e do PCC na América do Sul. A Operação Cripto, na Argentina, revelou um esquema milionário de lavagem de dinheiro do CV através de criptomoedas, empresas de fachada e imóveis de luxo. Oito pessoas foram condenadas, e um operador financeiro da facção, Marcelo Clayton Alves de Sousa, está foragido.

Qual o impacto regional?

A expansão do CV e do PCC para países vizinhos como Argentina, Paraguai e Bolívia representa um desafio para a segurança regional. As autoridades sul-americanas temem que esses países se tornem novas rotas de lavagem de dinheiro e refúgio de líderes das facções. As ações coordenadas entre os países visam combater o crime organizado e impedir a expansão das atividades criminosas transfronteiriças.

O futuro da segurança na fronteira

As medidas anunciadas pelo Paraguai e pela Argentina indicam uma postura mais rigorosa no combate ao crime organizado na região. Resta saber se outros países da América do Sul adotarão medidas similares e qual será o impacto dessas ações na atuação das facções criminosas brasileiras em longo prazo. A cooperação internacional e o compartilhamento de informações serão fundamentais para o sucesso dessas iniciativas.

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