O Atlético-MG anunciou nesta terça-feira, 28 de outubro de 2025, sua decisão de deixar a Libra e retornar à Liga Forte União (LFU). O clube comunicou que negociará parte dos direitos econômicos relacionados ao Campeonato Brasileiro com a Sports Media Entertainment, buscando contribuir para uma liga mais equilibrada e com foco em sustentabilidade financeira. A decisão ocorre em meio a discussões sobre a unificação das ligas e após polêmicas envolvendo o Flamengo dentro da Libra.
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Fonte: GE
Entenda a Mudança Estratégica do Atlético-MG
Segundo a nota oficial divulgada pelo clube, o retorno à LFU visa a criação de uma liga unificada no Brasil, com um modelo moderno e sustentável, onde os clubes estejam no centro das decisões estratégicas. O Atlético-MG acredita que a LFU oferece uma estrutura sólida, combinando governança consistente, união de ideais, visão de longo prazo e processos profissionais alinhados com as melhores práticas do mercado esportivo mundial.
Detalhes da Negociação e Impacto Financeiro
A Sports Media Entertainment, liderada por Carlos Gamboa, será responsável por adquirir uma porcentagem dos direitos econômicos do Atlético-MG relacionados ao Campeonato Brasileiro. Embora o percentual exato e os valores da negociação não tenham sido divulgados, especula-se que o montante gire em torno de R$ 100 milhões por 10% dos direitos, similar a acordos feitos por outros clubes de porte semelhante. Essa transação está sujeita a condições precedentes e aprovações necessárias, respeitando os contratos vigentes até 2029 com a Globo, negociados dentro da Libra. Qual será o impacto dessa mudança na receita do clube?
O Que Motiva o Retorno à Liga Forte União?
A decisão do Atlético-MG reflete uma insatisfação com a falta de união e cooperação dentro da Libra, especialmente após a ação judicial movida pelo Flamengo questionando a divisão de valores por critério de audiência. O clube mineiro, que já havia pertencido à LFU antes de migrar para a Libra em julho de 2023, busca agora um ambiente que promova maior previsibilidade de receitas e autonomia para seus membros.
Repercussão e Próximos Passos
O CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi, mencionou em entrevista a Itatiaia a insatisfação com o litígio envolvendo o Flamengo, evidenciando a busca por um modelo mais colaborativo. A LFU, que reúne 33 clubes brasileiros, sendo 11 da Série A, tem como objetivo modernizar a estrutura e a governança do futebol nacional, buscando maior sustentabilidade financeira, transparência e equilíbrio competitivo. A Sports Media Entertainment adquire os direitos por um período de 45 anos.
Análise da Situação Atual da Libra
Com a saída do Atlético-MG, a Libra passa a contar com nove clubes da Série A: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Santos, Bahia, Vitória e Red Bull Bragantino. A permanência de Santos e Vitória na Libra dependerá de seus desempenhos no campeonato, enquanto o Remo pode se juntar ao grupo caso consiga o acesso à Série A a partir de 2026. A LFU busca se consolidar como uma alternativa viável e atrativa para os clubes brasileiros, promovendo uma gestão mais equitativa e transparente.
O Futuro das Ligas e o Equilíbrio no Futebol Brasileiro
A movimentação do Atlético-MG reacende o debate sobre a unificação das ligas no Brasil. A busca por um modelo que equilibre as finanças dos clubes e promova um campeonato mais competitivo é um desafio constante. O retorno do Galo à LFU, juntamente com a negociação dos direitos econômicos com a Sports Media Entertainment, representa uma aposta em um futuro mais sustentável e colaborativo para o futebol brasileiro. A adesão do Atlético-MG à LFU para negociação a partir de 2030, quando acaba seu contrato com a Libra, mostra uma visão de longo prazo.