Ex-advogado de Lula vira foco no julgamento de Bolsonaro
O julgamento da tentativa de golpe de 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF) tem no ministro Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, um foco inesperado: a esperança de parlamentares bolsonaristas. Sem acreditar na absolvição de Jair Bolsonaro, os aliados apostam que Zanin poderá influenciar na definição de uma pena mais branda, em conjunto com o ministro Luiz Fux, que já demonstrou posicionamento favorável a Bolsonaro em julgamentos anteriores.
Duas razões alimentam essa expectativa. Primeiro, Zanin foi o primeiro a divergir de Alexandre de Moraes nos casos de 8 de janeiro, propondo punições menos rigorosas. Segundo, seu histórico como advogado de Lula leva à crença de que buscará uma condenação menos punitiva para Bolsonaro, cujas penas somadas podem chegar a 43 anos de prisão.
Zanin: trajetória e perfil no STF
Da advocacia empresarial ao Supremo
Antes de integrar o STF, Zanin construiu carreira na advocacia empresarial, envolvendo grandes litígios como a falência da Transbrasil e a recuperação judicial da Varig. Sua atuação na defesa de Lula na Lava Jato o tornou uma figura pública, embora sua trajetória profissional tenha início na advocacia empresarial.
Postura no STF
Apesar da proximidade com Lula, Zanin demonstrou independência política, votando contra a descriminalização do porte de maconha e a equiparação de ofensas à comunidade LGBTQIA+ à injúria racial. Essa postura gerou desconforto em setores progressistas, mas reforçou sua imagem de imparcialidade.
Sua experiência em processos complexos e defesa das garantias constitucionais foram elogiadas por juristas, mesmo com críticas sobre sua indicação, vista por alguns como retribuição pessoal do presidente Lula.
Contexto do julgamento
Bolsonaro responde por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A expectativa não é de absolvição, mas sim de uma redução na pena.
Será que o ministro Zanin irá atender as expectativas dos bolsonaristas? A pergunta permanece em aberto à medida que o julgamento avança. O desenrolar do processo e os votos dos ministros irão definir o futuro do ex-presidente.
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