STF julga Bolsonaro por tentativa de golpe: Moraes destaca força das instituições

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete réus por tentativa de golpe de Estado em 2022. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, leu seu relatório, afirmando que as instituições mostraram sua força e resiliência. O julgamento ocorre na Primeira Turma do STF e é transmitido em tempo real pelo G1.

Detalhes do Julgamento

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro como principal articulador da tentativa de golpe. Além dele, são réus os ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira; Almir Garnier (ex-Marinha); Alexandre Ramagem (ex-Abin); e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens). Os crimes imputados incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e danos ao patrimônio da União. As penas máximas podem somar 43 anos de prisão.

Declarações de Moraes

Em sua fala, Moraes enfatizou a importância do respeito à Constituição para a pacificação do país, reforçando que coações não afetarão a imparcialidade dos juízes. Ele também fez referência a uma ação que envolve o deputado Eduardo Bolsonaro e o governo de Donald Trump.

"As instituições mostraram sua força e sua resiliência", pontuou Moraes.

O julgamento está previsto para cinco dias (2, 3, 9, 10 e 12 de setembro), com sessões matutinas e vespertinas.

Defesa de Bolsonaro

O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, afirmou que fará uma defesa jurídica, declarando que o ex-presidente, embora desejasse acompanhar o julgamento presencialmente, não está bem de saúde.

Será que este julgamento terá impactos significativos na política brasileira?

Possíveis Desdobramentos

O resultado do julgamento poderá ter implicações políticas e legais consideráveis, influenciando o cenário político brasileiro nos próximos anos. A decisão do STF impactará não apenas Bolsonaro, mas também o entendimento sobre os limites da ação política e a responsabilidade por eventuais tentativas de ruptura democrática.