A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, segundo dados divulgados pelo IBGE e confirmados pelo Ministério da Fazenda. Este crescimento, embora positivo, representa uma desaceleração mais acentuada que o previsto, em comparação com a alta de 1,3% registrada no primeiro trimestre. A Secretaria de Política Econômica (SPE) atribui a desaceleração ao aumento das taxas de juros e da inadimplência.
Desempenho abaixo das expectativas
A SPE reconheceu que a perda de força da economia foi maior do que a projetada no Boletim MacroFiscal de julho. A análise, porém, considera que o relatório anterior foi elaborado sem dados consolidados. Apesar da desaceleração, a SPE mantém a projeção de crescimento do PIB em 2,5% para 2025, com um "leve viés de baixa". O IBGE, por sua vez, destaca que, apesar da desaceleração, o patamar da economia brasileira permanece no nível mais alto de sua série histórica, iniciada em 1996.
Setor de serviços como destaque
O setor de serviços, que representa 70% do PIB, registrou alta de 0,6% no segundo trimestre. Este desempenho positivo foi impulsionado pelas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; informação e comunicação (sobretudo desenvolvimento de software); e transporte, armazenagem e correio (principalmente transporte de passageiros). Em contraponto, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 2,2% no período.
Cenário futuro
A SPE aponta que o mercado de trabalho permanece resiliente, o que, juntamente com o pagamento de precatórios e a expansão do crédito consignado, pode impulsionar a atividade econômica. No entanto, o cenário para o terceiro trimestre permanece desafiador, devido à persistência de altas taxas de juros e inadimplência. A questão que se coloca é: como o governo irá lidar com essa desaceleração e manter a meta de crescimento para o ano?
Segundo a Austin Rating, o crescimento de 0,4% no segundo trimestre posiciona o Brasil na 32ª posição em um ranking de 55 países, uma queda significativa em relação ao primeiro trimestre, quando ocupava o 2º lugar. Este resultado é atribuído, em parte, à concentração do efeito da safra recorde do agronegócio no primeiro trimestre.
- Fontes: IBGE, Ministério da Fazenda, Austin Rating
- Links: UOL Economia, Valor Econômico, InfoMoney
Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, confira as fontes abaixo: