Um medicamento brasileiro inédito, a polilaminina, derivado de proteína da placenta, demonstrou capacidade de regenerar a medula espinhal em testes com humanos e animais, oferecendo esperança a pacientes com lesões medulares. A pesquisa, desenvolvida pela UFRJ em parceria com o laboratório Cristália, foi apresentada em São Paulo no dia 9 de setembro de 2025.
Resultados Promissores em Testes
Em testes clínicos acadêmicos, seis pacientes com lesões medulares completas apresentaram recuperação parcial ou total da mobilidade após a aplicação da polilaminina, diretamente na medula, em até 72 horas após o trauma. Dois pacientes, a atleta paralímpica Hawanna Cruz Ribeiro e Bruno Drummond de Freitas, relatam significativa recuperação da mobilidade. Hawanna recuperou 60% a 70% do controle do tronco e Bruno, após um acidente de trânsito, obteve recuperação completa. Testes em cães também mostraram resultados positivos, com a retomada total da marcha em animais com lesão medular.
Mecanismo de Ação
A polilaminina estimula neurônios maduros a se regenerarem, criando novos axônios e restaurando a comunicação entre o cérebro e o corpo. A pesquisa, conduzida ao longo de 25 anos, destaca a proteína laminina, encontrada na placenta, como o componente chave desta regeneração.
Aprovação da Anvisa
A Anvisa ainda não autorizou os estudos clínicos regulatórios em larga escala. A agência aguarda dados complementares do laboratório sobre os estudos pré-clínicos, afirmando que estes são essenciais para avaliar a segurança e eficácia do medicamento antes de aprovar testes em humanos. A Anvisa ressalta a necessidade de cautela, enfatizando que os resultados, embora promissores, não garantem a segurança e eficácia do tratamento em todos os casos.
Próximos Passos
A Cristália espera a autorização da Anvisa em breve para iniciar a fase 1 dos ensaios clínicos, com a inclusão de mais pacientes. Hospitais de São Paulo, como o Hospital das Clínicas e a Santa Casa, já se preparam para realizar as aplicações do medicamento após a aprovação regulatória. A pesquisa destaca a importância da aplicação rápida do medicamento e da fisioterapia no processo de recuperação. A aprovação final e a disponibilidade do medicamento ainda levarão tempo.
Conclusão
A polilaminina representa um avanço significativo no tratamento de lesões medulares, oferecendo uma potencial terapia regenerativa. Embora os resultados sejam promissores, é crucial aguardar a conclusão dos estudos e a aprovação da Anvisa para garantir a segurança e eficácia do medicamento antes de sua ampla utilização. A pergunta que fica é: até que ponto essa descoberta revolucionará o tratamento de lesões medulares no futuro?
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