Investimento Chinês no Brasil atinge nível recorde
O investimento chinês no Brasil mais que dobrou em 2024, atingindo o maior nível desde a pandemia, segundo relatório do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Foram confirmados 39 projetos, totalizando US$ 4,18 bilhões, um aumento de 113% em relação a 2023. Isso posiciona o Brasil como principal destino de investimento chinês entre as economias emergentes, ficando atrás apenas do Reino Unido e da Hungria globalmente.
O setor de energia, principalmente em projetos solares e eólicos, atraiu a maior fatia (34%), cerca de US$ 1,43 bilhões. A indústria de petróleo representou 25% do investimento, com aproximadamente US$ 1 bilhão, mostrando que a China continua investindo em combustíveis fósseis, mesmo com forte aposta em renováveis. Tulio Cariello, diretor de pesquisa do CEBC, explicou que a China busca diversificar investimentos em energia, com renováveis e fósseis avançando simultaneamente.
Diversificação de Investimentos
O relatório destaca uma mudança na natureza dos investimentos chineses no Brasil. Há uma preferência por projetos menores, ligados à política industrial brasileira e à transição energética global, em vez das mega-aquisições do passado. A mineração também atraiu investimentos significativos, focados em minerais estratégicos e críticos para a transição energética. A aquisição da Mineração Taboca pela China Nonferrous Metal Mining Group (CNMC), por US$ 340 milhões, ilustra essa tendência. A Taboca produz estanho, usado em tecnologia de energia limpa, e ferroligas com nióbio e tântalo.
Importações e Exportações
O número de empresas brasileiras importando da China aumentou dez vezes em 25 anos, segundo estudo do CEBC em parceria com o MDIC. Em 2000, 3.700 empresas brasileiras importavam produtos chineses; em 2024, esse número chegou a 40.000. As exportações brasileiras para a China também cresceram, mas em ritmo mais lento. A soja, o minério de ferro e o petróleo representaram 75,7% das exportações brasileiras para a China em 2024.
Desdobramentos
A crescente dependência de insumos chineses apresenta desafios estratégicos para o Brasil. A diversificação de fornecedores e o fortalecimento das cadeias produtivas nacionais são cruciais para reduzir riscos externos e aumentar a autonomia nacional. Uma questão a ser considerada é o impacto a longo prazo dessa dependência em diversos setores da economia brasileira. A pesquisa também analisou a diversidade de gênero e raça nos empregos relacionados ao comércio entre Brasil e China, identificando desigualdades persistentes.
Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, confira as fontes abaixo:
Chinese suppliers dominate Brazilian importsValor International | |
Why China is Pouring Billions into Brazil's Energy and OilCrude Oil Prices Today | OilPrice.com | |
China’s 2024 Brazil investment doubled to highest level since Covid: reportSouth China Morning Post |