Em pronunciamento na noite de sábado (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou veementemente as interferências estrangeiras no Brasil, sem mencionar explicitamente os Estados Unidos. Ele afirmou que o país não aceitará ordens de ninguém e classificou como "traidores da pátria" os políticos que estimulam ataques contra a nação.
Críticas a políticos e defesa da soberania
Lula dirigiu críticas a políticos que, segundo ele, atuam no exterior para prejudicar o Brasil, qualificando-os como "traidores da pátria". Embora não tenha citado nomes, a referência indireta é ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), envolvido em discussões sobre sanções norte-americanas. O presidente reforçou a soberania nacional, mencionando-a repetidamente em seu discurso, e declarou: "Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro."
Defesa do PIX e do Judiciário
O pronunciamento também incluiu a defesa do PIX, sistema de pagamentos instantâneos, contra possíveis tentativas de privatização. Lula destacou a importância da independência do Judiciário brasileiro, rejeitando interferências externas. Estas declarações ocorrem em meio a uma investigação comercial dos EUA contra o Brasil, que cita o PIX e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) como alvos de preocupação.
Regulamentação das redes sociais
O presidente defendeu a regulamentação das redes sociais, afirmando que estas não podem ser usadas para espalhar fake news e discursos de ódio. Ele enfatizou a necessidade de combater crimes como golpes financeiros e exploração sexual de crianças e adolescentes nas plataformas digitais.
Contexto internacional
As declarações de Lula ocorrem em um momento de tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, com a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros e acusações de práticas comerciais desleais. A defesa da soberania e a crítica a interferências externas demonstram a postura do governo brasileiro diante dessas pressões internacionais.
Será que a tensão entre Brasil e EUA irá se acalmar? O futuro das relações bilaterais dependerá de negociações e da postura dos dois países frente aos conflitos comerciais e políticos.
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