Prisão de ex-diretor da PF e operação contra corrupção em órgãos ambientais
O ex-diretor da Polícia Federal, Rodrigo de Melo Teixeira, foi preso nesta quarta-feira (17) em operação da PF que investiga corrupção em órgãos ambientais. A operação, que inclui 20 prisões temporárias e 79 mandados de busca e apreensão, apura um esquema de fraudes na extração de minério em Minas Gerais. Teixeira, que ocupou o cargo de diretor de Polícia Administrativa entre 2023 e 2025, é acusado de usar sua posição para beneficiar uma empresa de exploração de minério, titularizada por sua esposa. A PF afirma que ele negociava autorizações de exploração de minas em troca de participação societária, com um potencial ganho estimado em R$ 30 milhões.
Investigação abrange múltiplas esferas
A investigação envolve a Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e se estende à Agência Nacional de Mineração (ANM). Além de Teixeira, o diretor da ANM, Caio Mário Trivellato Seabra Filho, também foi preso. Ambos responderão por crimes ambientais, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Mensagens interceptadas pela PF confirmam a existência de um esquema de pagamento de propina.
Detalhes da Operação Rejeito
A Operação Rejeito estima que o grupo criminoso obteve lucros de cerca de R$ 1,5 bilhão, com um potencial de ganho adicional de R$ 18 bilhões em projetos em andamento. A Justiça Federal de Minas Gerais bloqueou as contas dos envolvidos nesse valor, além de suspender as atividades das empresas envolvidas e afastar os servidores públicos. A investigação aponta para a obtenção de licenças ambientais fraudulentas para exploração ilegal de minério de ferro, inclusive em áreas de preservação ambiental.
Reação das instituições envolvidas
A ANM declarou ter tomado conhecimento da operação pela imprensa e que está colaborando com as autoridades. O Serviço Geológico do Brasil também se colocou à disposição para auxiliar nas investigações. A defesa de Teixeira ainda não se manifestou.
Contexto e Possíveis Desdobramentos
A prisão de um ex-diretor da PF em uma operação de tamanha magnitude levanta questionamentos sobre a eficácia de mecanismos de controle interno e a necessidade de maior transparência na gestão pública, especialmente em setores estratégicos como o da mineração. A investigação em curso poderá revelar ainda mais detalhes sobre o esquema e levar a novas prisões e acusações. A repercussão do caso deve gerar debates sobre a regulamentação da mineração e a prevenção de crimes ambientais.
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