O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no domingo (3) que parte da receita obtida com tarifas sobre produtos importados pode ser distribuída como um dividendo para a classe média e baixa do país. A declaração foi feita antes de Trump embarcar no Air Force One, após deixar seu clube de golfe em Nova Jersey. Ele não detalhou como essa medida seria implementada.
Aumento na arrecadação com tarifas
A receita tarifária dos EUA cresceu significativamente em 2025. Até julho, taxas alfandegárias e impostos especiais geraram US$ 152 bilhões (R$ 876 bilhões), aproximadamente o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior. Trump tem destacado essa receita como um sucesso de sua política comercial, argumentando que ela ajuda a compensar os cortes de impostos aprovados pelo Congresso.
Impacto econômico
Apesar da perspectiva de Trump, analistas divergem sobre o impacto econômico a longo prazo. Alguns acreditam que as tarifas, se mantidas, poderiam gerar mais de US$ 2 trilhões (R$ 11 trilhões) em receita adicional na próxima década. Outros, no entanto, esperam que os EUA abandonem as barreiras comerciais, considerando o aumento de preços para os consumidores. Um economista da Wharton School, João Gomes, declarou: "Acho que isso é viciante. É muito difícil abrir mão de uma fonte de receita quando a dívida e o déficit são o que são."
Apesar da arrecadação recorde, a proposta de dividendo gerou reações diversas. A colunista Maria Carolina Gontijo, do Estadão, alertou para o impacto no consumidor americano: "O Tesouro engorda, mas o bolso do americano emagrece. Tarifa não some, ela vira preço." Segundo ela, o aumento da inflação representa o custo real das tarifas.
Reações e contexto
A declaração de Trump gerou debates sobre a viabilidade e o impacto da medida. As fontes divergem quanto aos reais efeitos das tarifas e a eficácia de um sistema de dividendos para a classe média e baixa. O fato é que a questão permanece como um tema controverso e gera preocupação quanto aos seus desdobramentos a curto e longo prazo no cenário econômico americano e internacional.
Fontes: Folha de S.Paulo, Estadão, Poder360
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