O economista Arminio Fraga criticou as altas tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros, afirmando que a ação americana é excessiva e de difícil compreensão. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Globo, publicada em 12 de agosto de 2025. O impacto da medida no PIB brasileiro é considerado significativo, segundo Fraga, mas ele destaca que os problemas de crescimento do país são principalmente internos.
Impacto Econômico e Resposta do Brasil
O governo brasileiro já reagiu à medida americana, acionando a Organização Mundial do Comércio (OMC) alegando inconsistência das tarifas com as obrigações dos EUA. O documento, publicado pela OMC em 11 de agosto, argumenta que as tarifas violam a cláusula da nação mais favorecida e extrapolam o nível tarifário acordado. Além disso, o Brasil questiona a falta de recurso ao rito de solução de controvérsias da OMC por parte dos EUA. O presidente Lula pediu aos ministros que avaliem medidas de reciprocidade, incluindo a possibilidade de aplicação da Lei de Reciprocidade, recém-regulamentada.
Medidas de Reciprocidade em Análise
O governo estuda medidas pontuais de reciprocidade, descartando ações amplas. Entre as possibilidades, está a suspensão de direitos de propriedade intelectual, embora o ministro da Saúde tenha negado a avaliação de quebra de patentes de medicamentos. Empresários temem que a reciprocidade encareça produtos importados dos EUA e prejudique a economia. A aplicação dessa lei poderia, também, comprometer as negociações para reverter as tarifas impostas por Trump.
Contexto Internacional e Possíveis Desdobramentos
A ação dos EUA contra o Brasil ocorre em um contexto de tensões comerciais internacionais. Apesar da iniciativa na OMC, o processo pode ser moroso e ineficaz devido à paralisia do órgão de apelação desde 2019. A consulta solicitada pelo Brasil precisa ser aceita pelos EUA para iniciar as conversas. A falta de resolução pode levar a um painel, mas mesmo assim, a decisão final pode ser inviabilizada pela inoperância do órgão de apelação. A situação levanta questionamentos sobre o futuro das relações comerciais entre Brasil e EUA e a eficácia do sistema multilateral de solução de disputas comerciais.
Será que a resposta brasileira será suficiente para reverter a situação? Apenas o tempo dirá.
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