A montadora chinesa BYD registrou um lucro líquido de 15,5 bilhões de yuans (US$ 2,2 bilhões ou R$ 11,9 bilhões) no primeiro semestre de 2025, representando um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita cresceu 23%, totalizando 371,3 bilhões de yuans (US$ 52 bilhões ou R$ 281,8 bilhões). A empresa vendeu 2,15 milhões de veículos, um aumento de 33% em comparação ao primeiro semestre de 2024, impulsionado pela forte demanda global por veículos elétricos e expansão internacional.
Expansão Internacional e Desafios no Mercado Chinês
Apesar do sucesso internacional, a BYD enfrenta desafios no mercado doméstico chinês devido à guerra de preços. A empresa aplicou grandes descontos em maio, o que gerou um ajuste no setor, com as principais marcas mantendo ou aumentando os descontos em julho. A expansão para mercados como Europa (Reino Unido, Alemanha e Bélgica), via exportações da unidade na Tailândia, tornou-se crucial para compensar a desaceleração doméstica. A meta anual de vendas da BYD é de 5,5 milhões de unidades, sendo que o resultado do primeiro semestre representa menos da metade dessa meta.
Análise dos Resultados
Analistas do HSBC, liderados por Yuqian Ding, atribuem a queda nas vendas de julho à demanda doméstica mais fraca, à priorização da normalização de estoques e à disciplina de preços. Apesar dos desafios, a perspectiva para a BYD permanece otimista, com a expectativa de que as medidas tomadas gerem benefícios de longo prazo para as margens de lucro.
O sucesso da BYD no mercado externo contrasta com as dificuldades enfrentadas no mercado interno chinês, onde a guerra de preços impacta as margens. A estratégia de internacionalização, no entanto, se mostra eficaz em garantir o crescimento da empresa.
Presença no Mercado Brasileiro
No Brasil, a BYD ocupa a oitava posição no ranking nacional de vendas, com uma participação de mercado de 5,4% em julho de 2025. A empresa opera em Camaçari (BA), com investimentos previstos de R$ 5,5 bilhões e capacidade para 600 mil veículos anuais.
A BYD também enfrenta discussões sobre a redução de impostos de importação para kits SKD, gerando debates sobre a nacionalização da produção e o equilíbrio do setor automobilístico brasileiro.
Será que a BYD conseguirá manter esse ritmo de crescimento frente aos desafios no mercado chinês e às pressões por maior nacionalização em outros países?
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