A WEG (WEGE3) anunciou lucro líquido de R$ 1,592 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25), um aumento de 10,4% em comparação ao mesmo período de 2024. A receita líquida atingiu R$ 10,207 bilhões, crescendo 10,1% no comparativo anual. Apesar do bom desempenho, o resultado ficou abaixo da expectativa do consenso LSEG, que previa R$ 1,76 bilhão.
Desempenho Financeiro
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 2,260 bilhões no 2T25, representando um crescimento de 6,5% em relação ao 2T24. A margem Ebitda, no entanto, caiu para 22,1%, uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao 2T24. O Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC) foi de 32,9% no 2T25, 4,5 pontos percentuais abaixo do registrado no 2T24.
Investimentos e Dividendos
A WEG investiu R$ 583,4 milhões no 2T25, principalmente em modernização e expansão da capacidade produtiva.
- 63,4% dos investimentos foram direcionados às unidades produtivas no Brasil.
- 36,6% foram destinados a parques industriais e instalações no exterior.
Cenário Global e Perspectivas
Em entrevista, o CEO Alberto Kuba destacou o cenário global desafiador, com instabilidade geopolítica e incertezas econômicas, exigindo uma estratégia cautelosa, resiliente e adaptável. Ele ressaltou a importância da inovação e da diversificação global para a WEG. Apesar das dificuldades externas, a WEG apresentou um crescimento considerável nas vendas externas, compensando a queda em alguns segmentos internos.
"Cenário global exige estratégia cautelosa, resiliente e adaptável", afirma Kuba.
A WEG ressaltou o bom desempenho dos negócios de ciclo longo na infraestrutura elétrica, compensando a queda em projetos de geração eólica. O crescimento da receita no mercado interno foi limitado pela redução na geração eólica e ambiente mais cauteloso para investimentos industriais.
Apesar dos desafios, a empresa se mostrou confiante em manter seu crescimento sustentável, baseando-se em sua visão de longo prazo, flexibilidade financeira e foco na eficiência operacional. Será que a WEG conseguirá manter esse ritmo em um cenário global tão instável?
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