Governo Lula critica tarifaço de Trump sobre produtos brasileiros

Governo brasileiro protesta contra tarifas de Trump

O governo brasileiro expressou sua indignação com a imposição de tarifas de importação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump, a partir de 1º de agosto. A medida, segundo a carta enviada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, terá impacto negativo nas economias de ambos os países, colocando em risco uma parceria histórica. A carta foi enviada aos secretários de Comércio, Howard Lutnik, e de Comércio Exterior, Jamieson Greer.

O anúncio das tarifas, feito em 9 de julho, gerou uma resposta imediata do governo brasileiro. O documento destaca a histórica cooperação comercial entre Brasil e EUA, enfatizando que o comércio é um dos pilares da relação entre os dois países. A carta menciona que, apesar dos grandes déficits comerciais brasileiros com os EUA nos últimos 15 anos (quase US$ 410 bilhões, segundo dados do governo americano), o Brasil tem buscado o diálogo para aprimorar o comércio bilateral.

Setores industriais brasileiros em alerta

A medida de Trump causou grande preocupação em diversos setores da indústria brasileira. Seis setores declararam à Folha de S.Paulo a impossibilidade de redirecionar suas vendas para outros mercados em curto ou médio prazo. Entre eles estão a indústria de máquinas e equipamentos (Abimaq), calçados (Abicalçados), ferro gusa (Sindifer), componentes para veículos (Sindipeças), móveis (Abimóvel) e ferroligas (Abrafi). A Abimaq, por exemplo, destaca que 50% de suas exportações de alta tecnologia são destinadas aos EUA, representando US$ 4 bilhões anuais.

Impacto no emprego e na economia

O setor de calçados estima a perda de 7.000 empregos diretos e 5.000 indiretos caso as tarifas entrem em vigor. Outras empresas, como a Embraer, com 30% de sua receita proveniente das exportações para os EUA, também se veem ameaçadas pela medida. A interdependência industrial entre os dois países é um fator crucial a ser considerado.

A carta do governo brasileiro reitera o interesse em dialogar com as autoridades americanas e negociar uma solução mutuamente aceitável, com o objetivo de preservar o relacionamento histórico entre os dois países e mitigar os impactos negativos das tarifas.

Proposta de solução

O Brasil propôs, em 16 de maio, uma minuta de proposta de negociação para soluções mutuamente acordadas, aguardando resposta dos EUA. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) sugeriu um adiamento de 90 dias na entrada em vigor das tarifas para permitir negociações. A questão levanta a possibilidade de desdobramentos significativos nas relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.

G1
Imagem obtida do site: G1

Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, confira as fontes abaixo:

G1Veja a íntegra da carta enviada pelo governo Lula aos Estados Unidos sobre tarifaço de TrumpG1
Folha de S.PauloSeis setores da indústria dizem não ter como redirecionar bens comprados pelos EUAFolha de S.Paulo
GOV.BREmpresas dos EUA declaram apoio ao Brasil para reverter tarifas de TrumpGOV.BR

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