O combate ao furto de energia elétrica, conhecido popularmente como "gato", tem se intensificado em diversas regiões do Brasil. Dados recentes revelam um aumento significativo tanto nas operações policiais quanto nos investimentos das concessionárias para combater essa prática ilegal. Em Mato Grosso, por exemplo, 54 pessoas foram presas no primeiro semestre de 2025 por furto e fraude de energia elétrica, um crescimento de 192% em relação ao mesmo período do ano anterior. As operações, que envolvem Polícia Civil, Polícia Militar, Politec e Energisa, têm focado em áreas com alta incidência do crime, como a Baixada Cuiabana e a região norte do estado. Uma das maiores operações resultou na inspeção de 300 residências e comércios, demonstrando a escala do problema e a determinação das autoridades em combatê-lo. O gerente de combate a perdas da Energisa Mato Grosso, Luciano Lima, destaca a gravidade do crime, alertando para a pena de até 5 anos de prisão para os responsáveis. A reportagem da Gazeta Digital detalha as ações e as consequências legais para os envolvidos. Leia a matéria completa aqui.
Para conter o problema, as empresas de energia elétrica também estão investindo pesado em novas tecnologias e estratégias. A CPFL Paulista, por exemplo, anunciou um investimento de R$ 105 milhões em 2025, com foco na instalação de caixas blindadas em imóveis com alta reincidência de fraudes, incluindo grandes indústrias e comércios. A medida visa proteger os medidores de energia, tornando mais difícil a manipulação e o furto. Além disso, a empresa está utilizando softwares de alta performance com inteligência artificial para detectar anomalias no consumo de energia, melhorando a precisão das inspeções e permitindo uma ação mais eficaz. A CPFL também criou uma divisão especializada com mais de 300 colaboradores dedicados exclusivamente à recuperação de energia. A empresa reforça que a fraude de energia é um crime com consequências penais e financeiras, inclusive com o repasse dos custos para todos os clientes através da tarifa de energia. Saiba mais sobre as iniciativas da CPFL. Denúncias podem ser feitas anonimamente através do aplicativo "CPFL Energia" ou pelo site www.cpfl.com.br/fraude.
No interior de São Paulo, a Energisa Sul-Sudeste também realizou operações em cidades do Oeste Paulista, com foco em inspeções em imóveis suspeitos de ligações clandestinas e intervenções ilegais no sistema. Essas operações, que utilizam inteligência artificial para identificar padrões de consumo suspeitos, resultaram na detecção de 87 irregularidades apenas no primeiro semestre de 2025, representando um prejuízo superior a R$ 269 mil e um desvio de energia suficiente para abastecer quase 2 mil famílias por um mês inteiro. A empresa ressalta os riscos à segurança associados às ligações clandestinas e reforça a importância do combate a essa prática criminosa, que além de gerar prejuízos financeiros, pode colocar em risco a vida de quem realiza as ligações ilegais. As irregularidades confirmadas resultam em boletins de ocorrência e interrupção no fornecimento de energia. Acompanhe as notícias sobre as operações no Oeste Paulista.
Em resumo, a luta contra o furto de energia é uma batalha multifacetada, envolvendo ações policiais intensificadas e investimentos significativos em tecnologia e recursos humanos por parte das concessionárias. A conscientização da população sobre os perigos e as consequências legais da prática ilegal é crucial para reduzir a incidência desse crime e garantir um fornecimento de energia eficiente e seguro para todos.
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