Queda Livre: Vale, Usiminas e CSN Mineração sofrem impacto da baixa do minério de ferro

O setor de mineração e siderurgia sofreu um forte impacto nesta terça-feira (17), com ações da Vale (VALE3), Usiminas (USIM5) e CSN Mineração (CMIN3) registrando quedas significativas. A Vale, por exemplo, encerrou o dia com uma queda de 4,50%, a R$ 51,41, sendo a segunda ação mais negociada na B3, com mais de 43.500 negócios. Usiminas apresentou o pior desempenho, com um recuo de 6,90%, chegando a R$ 4,59. Este movimento negativo se deve a uma combinação de fatores, que vão desde a queda do preço do minério de ferro na China até preocupações geopolíticas.

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A principal causa da queda foi a baixa no preço do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), na China. O contrato mais líquido da commodity caiu 0,07%, fechando a 699 yuans (US$ 97,30) por tonelada. Embora a produção diária de aço tenha se mantido estável na semana até 13 de junho, em torno de 2,42 milhões de toneladas, a produção total de maio na China caiu significativamente em relação ao ano anterior, sinalizando uma possível redução na demanda por minério de ferro. Essa queda na demanda é agravada por preocupações com a economia chinesa, que enfrenta um crescimento mais lento e desafios demográficos, além das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, e conflitos no Oriente Médio.

A instabilidade geopolítica global é um fator crucial, afetando o fornecimento de matérias-primas, elevando custos e aumentando a volatilidade nos preços do aço, fazendo com que as empresas adotem uma postura mais conservadora, reduzindo investimentos e volumes negociados.

A Usiminas sofreu um impacto adicional devido ao rebaixamento da recomendação de suas ações pelo Itaú BBA. Outras empresas do setor também sentiram o impacto, como a CSN Mineração (CMIN3), que registrou queda de 0,99%, a R$ 4,98, e a CSN (CSNA3), com uma queda de 2,61%, a R$ 8,20. A Gerdau (GGBR4) e a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) também registraram quedas, embora menores.

Para analistas, o cenário atual indica uma aversão ao risco no mercado, com investidores cautelosos diante das incertezas globais. A queda nos preços do minério de ferro internacionalmente impactou diretamente as ações das mineradoras brasileiras.

Apesar do cenário desafiador, alguns analistas veem oportunidades de compra, especialmente para investidores de longo prazo. A Vale, por exemplo, apresenta um dividend yield estimado entre 9,5% e 10,5% para 2025, tornando-se atrativa para quem busca renda passiva. No entanto, é crucial lembrar que o setor de commodities é volátil e que investir nesse tipo de ativo requer cautela e diversificação da carteira. A análise do preço das ações indica uma margem de segurança em relação aos múltiplos históricos da companhia, levando em consideração os preços do minério e a geração de caixa.

A Vale, apesar da queda, mantém fundamentos sólidos, beneficiando-se de uma das menores estruturas de custos do mundo na produção de minério de ferro, permitindo rentabilidade mesmo com preços abaixo de US$ 100 por tonelada. Essa característica, aliada aos atrativos dividendos, pode apresentar uma oportunidade de compra para investidores com perfil de longo prazo e tolerância a riscos.

Investir em ações de empresas de mineração e siderurgia requer uma análise cuidadosa, levando em consideração os fatores macroeconômicos e geopolíticos, bem como os fundamentos das empresas. A diversificação da carteira é fundamental para mitigar os riscos inerentes a este setor. Recomenda-se buscar aconselhamento profissional antes de tomar qualquer decisão de investimento.

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