A Cidade de Deus, comunidade na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi palco de uma tragédia na manhã de segunda-feira (19/05/2025). Um policial civil da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), José Antônio Lourenço, foi morto a tiros durante uma operação que investigava a produção e venda de gelo contaminado com coliformes fecais. O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, classificou o ataque como "um atentado terrorista contra o estado" e garantiu que a polícia não deixará a região até que os responsáveis sejam encontrados. A resposta à violência, segundo Curi, será técnica e baseada em informações de inteligência, descartando qualquer ideia de vingança. A operação, que envolveu diversas forças policiais e órgãos ambientais, mirava fábricas e distribuidores de gelo na região, após laudos periciais comprovarem a contaminação do produto em fevereiro de 2025. A ação, que inicialmente visava combater a venda de gelo contaminado para estabelecimentos das praias da Barra e do Recreio, foi interrompida pela violência extrema.
A morte do policial gerou comoção e indignação. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o desespero dos colegas ao socorrer o agente ferido, que foi levado ao Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu. O intenso tiroteio resultou no fechamento temporário da Linha Amarela, importante via expressa da cidade, causando congestionamentos e transtornos para a população. A Secretaria Municipal de Educação suspendeu as aulas no turno da tarde na Cidade de Deus em razão da violência. A operação conjunta envolveu a Delegacia do Consumidor (Decon), a Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (DPMA), a Cedae, o Inea e a própria Core, executando mandados de busca e apreensão em diversos locais. Além da apreensão do gelo contaminado, a investigação abrange a verificação de possíveis irregularidades no consumo de água e energia elétrica, além de crimes ambientais e contra o consumidor.
O policial morto, José Antônio Lourenço, era um agente experiente e respeitado, tendo inclusive ocupado o cargo de subsecretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro entre 2022 e 2023, na gestão do prefeito Eduardo Paes. Sua trajetória profissional foi marcada pelo profissionalismo e dedicação, segundo o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale. A Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nota oficial lamentando a morte e expressando solidariedade aos familiares, amigos e colegas do policial, reforçando o compromisso de encontrar os responsáveis pelo crime. A busca pelos criminosos continua, com diversas equipes policiais mobilizadas na Cidade de Deus e arredores. O caso evidencia a complexidade da segurança pública no Rio de Janeiro e as consequências da atuação do crime organizado em áreas vulneráveis. A investigação segue em andamento com foco na identificação e prisão dos responsáveis pela morte do policial e desarticulação da rede de distribuição de gelo contaminado. A repercussão do caso ultrapassou as fronteiras do Rio de Janeiro, destacando a gravidade do ocorrido e o risco que profissionais de segurança pública enfrentam diariamente.
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