O mercado imobiliário brasileiro se prepara para um novo ciclo de expansão com a implementação de um modelo de crédito imobiliário focado na classe média. A iniciativa governamental visa aquecer o setor, elevando o limite de financiamento e fixando tetos de juros, prometendo facilitar o acesso à casa própria para muitas famílias.
O plano, anunciado recentemente, eleva o limite de financiamento de imóveis de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões e estabelece juros máximos de 12% ao ano. A Caixa Econômica Federal, um dos principais agentes financeiros do país, sinalizou que financiará até 80% do valor dos imóveis, reduzindo a necessidade de um grande montante inicial por parte dos compradores. Mas, qual será o impacto real dessa medida?
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Fonte: O Globo
Novas Regras do Financiamento Imobiliário
O novo modelo de financiamento habitacional traz mudanças significativas para quem busca adquirir um imóvel. A principal alteração é o aumento do limite para financiamento no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que passa a ser de R$ 2,25 milhões. A medida é um alívio para a classe média, que enfrenta dificuldades em encontrar opções de financiamento adequadas às suas necessidades."A classe média será a principal beneficiada pelo novo modelo de financiamento para crédito imobiliário com recursos da poupança", afirma Renato Correia, presidente da Associação Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
Como Funciona na Prática?
Com o aumento do teto de financiamento e a possibilidade de financiar até 80% do valor do imóvel pela Caixa, os compradores precisarão de menos recursos próprios para a entrada. Além disso, o teto de juros de 12% ao ano oferece maior previsibilidade e impede taxas abusivas. Essa combinação de fatores torna o financiamento mais atrativo, especialmente para quem busca imóveis de maior valor.Impacto no Mercado Imobiliário
A expectativa é que o novo modelo de crédito imobiliário injete cerca de R$ 37 bilhões no mercado já no próximo ano, impulsionando os lançamentos de novos empreendimentos. A liberação de recursos da poupança, através da redução do depósito compulsório dos bancos no Banco Central, é um dos pilares desse aumento de liquidez. Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção na Fundação Getulio Vargas/IBRE, ressalta a importância da adesão dos bancos ao novo modelo:"Agora é ver se, na melhor das hipóteses, os demais bancos vão aderir. Eles não parecem satisfeitos com a limitação dos juros em 12% ao ano num momento de crédito muito caro."A especialista pondera que serão liberados mais recursos, porém, com mecanismos para contemplar quem busca imóveis com preços abaixo de R$ 1 milhão, evitando que os recursos sejam direcionados apenas para as faixas de renda mais alta.
Desafios e Perspectivas
Embora o novo modelo traga benefícios, ele também enfrenta desafios. A poupança, principal fonte de recursos para o crédito imobiliário, tem apresentado saques significativos nos últimos meses. Além disso, a taxa Selic, atualmente em patamares elevados, ainda exerce pressão sobre os juros dos financiamentos. Rubens Menin, presidente da MRV, a maior construtora do país, destaca a importância de discutir o funding da incorporação brasileira no longo prazo, considerando o esgotamento dos recursos da poupança. Ele também enfatiza a necessidade de reduzir as taxas de juros no país para garantir a sustentabilidade do mercado. A implementação do novo modelo de crédito imobiliário ainda depende de regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central. A expectativa é que o modelo esteja em pleno funcionamento até 2027, mas alguns efeitos, como a liberação de compulsórios, podem ser sentidos antes. Resta acompanhar os próximos passos e a reação do mercado para avaliar o sucesso da iniciativa e seu impacto no acesso à moradia no Brasil.📰 Conteúdo baseado em fontes verificadas
🤖Conteúdo gerado com IA • 11/10/2025 • Fontes verificadas
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Economia