A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (17) a Operação Rejeito, prendendo empresários e servidores públicos envolvidos em um esquema de corrupção e crimes ambientais em Minas Gerais. A ação investiga a obtenção fraudulenta de licenças ambientais para mineração, com foco na exploração ilegal na Serra do Curral, patrimônio histórico e artístico nacional. O principal alvo é o empresário Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como chefe do esquema.
Prisões e Busca e Apreensão
Foram cumpridos 22 mandados de prisão temporária e 79 de busca e apreensão em Minas Gerais. Entre os presos estão dirigentes da Agência Nacional de Mineração (ANM), o ex-presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), Rodrigo Gonçalves Franco, e o ex-superintendente da PF em Minas Gerais, Rodrigo de Melo Teixeira. Também foi preso o ex-deputado estadual João Alberto Paixão Lages, sócio de Cavalcante. A Justiça Federal determinou o sequestro e bloqueio de bens no valor de R$ 1,5 bilhão.
Impacto Ambiental e Financeiro
A investigação aponta que a organização criminosa, que inclui mais de 40 empresas, causou danos ambientais significativos na Serra do Curral, além de lucros estimados em R$ 1,5 bilhão em atividades ilegais desde 2020. Projetos em andamento vinculados ao grupo têm potencial econômico superior a R$ 18 bilhões.
Detalhes do Esquema
O esquema envolvia o pagamento de propinas a agentes públicos da ANM, IPHAN, FEAM e outros órgãos para obtenção de licenças fraudulentas. Cavalcante, dono de 38 empresas, é acusado de controlar o pagamento de propinas e operações financeiras. Duas de suas empresas, Global Mineração e Gute Sicht, operavam na Serra do Curral, com atividades suspensas pela justiça devido à mineração irregular. A investigação também aponta o uso de “laranjas” como sócios.
Possíveis Desdobramentos
Os investigados podem responder por crimes ambientais, usurpação de bens da União, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraçamento à investigação. A deputada federal Duda Salabert solicitou a abertura de uma CPI para investigar as fraudes bilionárias no setor de mineração. A Operação Rejeito é a segunda a investigar corrupção em licenciamentos ambientais em Minas Gerais em 2025, indicando um padrão preocupante no setor.
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