O Ibovespa renovou sua máxima histórica nesta terça-feira, impulsionado por declarações de Donald Trump sobre um encontro com Lula e pela ata do Copom. O dólar recuou após os anúncios, refletindo o otimismo do mercado. O índice chegou a 146.843,04 pontos, um novo recorde.

Fonte: InfoMoney
Reação ao Encontro Trump-Lula
Durante a Assembleia Geral da ONU, Trump mencionou um breve encontro com Lula, afirmando que ambos se abraçaram e concordaram em se reunir na próxima semana. Essa declaração gerou um impacto positivo imediato nos mercados brasileiros, com o dólar caindo e o Ibovespa atingindo novos patamares.
"Tivemos uma boa conversa, e concordamos em nos reunirmos na semana que vem. Ele pareceu ser uma pessoa muito boa." - Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos
Ata do Copom e Política Monetária
A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) indicou que o Banco Central vê espaço para manter a taxa Selic inalterada por um período prolongado. Essa postura, juntamente com a perspectiva de cortes de juros pelo Federal Reserve, fortalece o diferencial de juros do Brasil, tornando o país mais atraente para investidores estrangeiros. Mas será que essa estratégia será suficiente para alcançar a meta de inflação?
Desempenho do Dólar e do Ibovespa
O dólar comercial renovou mínimas, chegando a R$ 5,279, após os comentários de Trump. Já o Ibovespa avançou, voltando a orbitar os 146 mil pontos. O volume financeiro totalizou R$6,86 bilhões.
- Dólar comercial: queda de 0,99%, a R$ 5,284
- Ibovespa: alta de 1,19%, aos 146.843,04 pontos
Análise do Cenário Econômico
Economistas avaliam que o Banco Central sinalizou mais claramente o fim do ciclo de alta da Selic, embora mantenha a possibilidade de ajustes futuros. O mercado de câmbio reage à Selic a 15%, juntamente com as expectativas de cortes de juros nos EUA, o que pode atrair ainda mais capital estrangeiro para o Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou que os juros no Brasil não deveriam estar no patamar atual e que há espaço para cortes.
Sanções e Relações Brasil-EUA
Em meio aos acontecimentos, os EUA anunciaram sanções a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes. Lula criticou as medidas unilaterais e os ataques ao Judiciário brasileiro durante seu discurso na ONU. Trump, por outro lado, minimizou a tensão ao mencionar o encontro com Lula.
Perspectivas Futuras
O mercado financeiro segue atento aos próximos passos da política monetária e aos desdobramentos das relações entre Brasil e Estados Unidos. As falas de Jerome Powell, presidente do Fed, e as futuras decisões do Copom serão cruciais para definir a trajetória dos juros e do câmbio no Brasil. A confirmação do encontro entre Lula e Trump é aguardada com expectativa.