Ibovespa bate recorde e dólar cai com corte de juros nos EUA

O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (5), atingindo um recorde histórico de 142.640,14 pontos, após dados dos EUA reforçarem as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro. O dólar também caiu, fechando a R$ 5,4139.

Dados de emprego nos EUA impulsionam alta

A criação de apenas 22.000 vagas de emprego fora do setor agrícola nos EUA em agosto, abaixo das expectativas, contribuiu para a queda dos rendimentos dos Treasuries e apostas em corte de juros. A taxa de desemprego subiu para 4,3%, de 4,2% em julho. Este cenário indica uma desaceleração da economia americana, favorecendo a queda dos juros.

Impacto no mercado brasileiro

A perspectiva de corte de juros nos EUA impulsionou o Ibovespa, com alta de 1,17% no dia e 0,9% na semana. Ações de consumo interno se beneficiaram da queda dos juros futuros. Apesar da queda do setor petrolífero, em linha com a desvalorização do petróleo WTI (-2,54%) e Brent (-2,22%), o índice atingiu seu recorde histórico de fechamento. O dólar, por sua vez, registrou queda de 0,61% frente ao real.

Análise de especialistas

Dependemos muito dos juros caírem para ter um novo fôlego para a Bolsa e alocar em ações. Quando sai esse dado e favorece queda de juros lá fora, indiretamente também favorece a queda de juros aqui.

- Fernando Siqueira, Eleven Financial

Quando a maior economia do mundo está desacelerando, se acredita em menos demanda. Esse é o efeito. A Bolsa poderia até estar subindo mais.

- Gilberto Nagai, SulAmérica Investimentos

A expectativa já era por um dado fraco... veio em 22 mil, muito abaixo. O mercado já vinha trabalhando nisso e o dólar já vinha nesse sentido. E o Fed vai cortar juros... e o dólar vai junto.

- Helena Veronese, B.Side Investimentos

Conclusão

Os dados de emprego americanos desencadearam uma reação positiva no mercado brasileiro, com o Ibovespa batendo recorde e o dólar caindo. A expectativa agora se volta para os próximos movimentos do Federal Reserve e seu impacto na economia global e no mercado financeiro brasileiro. Será que essa tendência de alta se manterá?