Funcionários da Real Auto-Ônibus paralisaram 24 linhas de ônibus no Rio de Janeiro nesta terça-feira (16), devido a atrasos de salários e benefícios. A greve se soma a outra crise: a frota da empresa vem sendo alvo de constantes atos de vandalismo desde que perdeu sua garagem, há cerca de 40 dias.
Ônibus sem segurança, alvo de criminosos
Com a falta de uma garagem adequada, boa parte dos ônibus da Real Auto-Ônibus está estacionada em locais improvisados, como o Terminal Gentileza, a Central do Brasil e um terreno em São Cristóvão. Sem segurança, os veículos estão vulneráveis a roubos. Entre domingo (14) e segunda-feira (15), três ônibus tiveram as baterias furtadas, além de outros equipamentos.
A situação de insegurança preocupa motoristas, que relatam que os ataques se tornaram rotina. A falta de estrutura é tamanha que muitos motoristas desconhecem o local onde seus ônibus estão estacionados, descobrindo sua localização apenas por meio do GPS da empresa em seus celulares.
Falta de manutenção e condições precárias
Um motorista, que preferiu não se identificar, relatou à CBN a precariedade das condições de trabalho:
"Não está pagando férias e nem fundo de garantia, não aguento mais. Sou funcionário da empresa há 33 anos, eles pagavam tudo, nunca foi assim. Há muitos anos que não chega ônibus novo, desconfortável, hiperlotado, enquanto eles não pagarem, a categoria diz que não vai voltar."
A situação se agrava pela falta de manutenção regular dos veículos, comprometendo a segurança dos passageiros e motoristas. A empresa teria transferido parte da frota para a garagem da Transportes Vila Isabel, mas a capacidade é insuficiente. Os ônibus restantes permanecem em locais improvisados, com abastecimento e manutenção comprometidos.
Possível ligação entre empresas
Rodoviários afirmam que a Rodobravo, com sede em São Paulo, assumiu o controle da Real Auto-Ônibus e também comprou a Vila Isabel. As empresas não se pronunciaram sobre as acusações.
Impacto da paralisação
A greve afeta 24 linhas, causando grandes transtornos para passageiros em diversas regiões da cidade. O metrô se apresenta como alternativa, mas não supre a demanda.
A situação demonstra uma crise profunda no setor de transporte público do Rio de Janeiro, com impactos diretos na população e na segurança dos trabalhadores.
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