A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga desvios no INSS prendeu Rubens Oliveira Costa, ex-diretor financeiro de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS', e também de empresas associadas a Thaisa Hoffmann Jonasson, companheira do ex-procurador do INSS, Virgilio Ribeiro de Oliveira Filho. A prisão ocorreu durante depoimento de Costa à CPMI, sob acusação de falso testemunho.
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Fonte: G1
Prisão e Acusações
A ordem de prisão foi dada pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), após identificar contradições e declarações consideradas falsas no depoimento de Rubens Oliveira Costa. Segundo a CPMI, Costa movimentou mais de R$ 350 milhões nas contas de empresas das quais era diretor financeiro. O relator da CPMI, senador Alfredo Gaspar (União-AL), havia solicitado a prisão preventiva de Costa por risco de fuga e prática contínua de crimes. O empresário foi liberado após prestar depoimento à Polícia Legislativa, sem pagamento de fiança.
Detalhes do Depoimento
Durante a sessão, Rubens Costa negou ser sócio de Antônio Camilo, mas confirmou ter sido contratado por ele em 2022 e negou ter participado de pagamentos de propina. O vice-presidente da CPMI, deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), confrontou Costa, apresentando diversas contradições em seu depoimento, incluindo negações iniciais de relação com a empresa ACCA, que tem Antônio Carlos Camilo Antunes como um dos sócios.
O que disse a defesa
Em comunicado, os advogados de Costa afirmaram que a prisão foi ilegal, argumentando que uma liminar em habeas corpus preventivo já garantia a impossibilidade de custódia. Alegaram que não houve homologação do flagrante e que não houve necessidade de fiança.
Investigações e Esquema de Desvio
As investigações apontam que Rubens Oliveira Costa seria um operador no esquema fraudulento liderado por Antônio Carlos Camilo Antunes, o 'Careca do INSS'. Ele é acusado de sacar dinheiro desviado de aposentados e pensionistas e entregar aos líderes da quadrilha. A Polícia Federal investiga um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias e pensões do INSS, envolvendo o cadastramento irregular de pessoas para descontar mensalidades de benefícios.
Quem é Rubens Oliveira Costa?
Rubens Oliveira Costa, de 57 anos, atuava como diretor financeiro de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes. Ele confirmou que tinha procuração para operar contas bancárias que movimentaram milhões de aposentadorias do INSS. Ele também é acusado de ter sociedade com Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança do INSS. A defesa de Antônio Carlos Camilo Antunes nega as acusações.
Repercussão e Próximos Passos
A Secretaria de Polícia do Senado instaurou inquérito policial para apurar os fatos, que será encaminhado ao Poder Judiciário. A prisão e o depoimento de Rubens Oliveira Costa são passos importantes na investigação dos desvios no INSS, buscando identificar os responsáveis e recuperar os recursos desviados dos aposentados e pensionistas. Qual o impacto dessas prisões no combate à corrupção no INSS?
A CPMI continua a investigar o caso, buscando desmantelar o esquema de fraudes e punir os envolvidos. Novos desdobramentos são esperados à medida que as investigações avançam e novas informações são reveladas.
A CPMI do INSS segue trabalhando para expor e responsabilizar todos os envolvidos nos desvios de recursos da previdência, em busca de justiça para os aposentados e pensionistas lesados. A expectativa é que as investigações da CPMI contribuam para o aprimoramento dos mecanismos de controle e fiscalização do INSS, prevenindo novas fraudes e garantindo a segurança dos recursos da Previdência Social. O caso expõe a fragilidade dos sistemas de controle do INSS e a necessidade de reformas para garantir a segurança dos recursos.