O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou nesta quarta-feira (3) possuir os votos necessários no Congresso para aprovar uma anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita em meio ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Apoio partidário e estratégia da anistia
Segundo Valdemar, partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD apoiam a proposta. Ele estima cerca de 300 votos favoráveis na Câmara dos Deputados. A justificativa para a anistia, segundo o presidente do PL, é a alegada falta de direito à defesa dos réus no STF. Valdemar afirmou: "Estão trabalhando com isso porque justamente o cidadão que está sendo processado ele não está tendo direito à defesa." Ele ressaltou que a anistia abrangeria todos os condenados pelos atos de 8 de janeiro e, posteriormente, Bolsonaro.
Reações à proposta de anistia
A proposta de anistia gerou reações diversas. Enquanto Valdemar se mostra confiante na aprovação, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) rejeitou qualquer alternativa a uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Flávio declarou: "Não existe anistia meia bomba."
Proposta alternativa no Senado
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou uma proposta alternativa que prevê redução de penas para envolvidos em atos de menor gravidade, excluindo Bolsonaro e os principais articuladores. Alcolumbre afirma que o texto será discutido em reunião de líderes partidários antes da votação.
Contexto do julgamento no STF
As discussões sobre anistia ocorrem paralelamente ao julgamento de Bolsonaro e outros sete réus no STF, acusados de tentativa de golpe. A defesa dos réus se manifestou nos dias 2 e 3, argumentando sobre o direito de defesa. Valdemar, porém, discorda, afirmando que a defesa no STF é insuficiente.
Possíveis desdobramentos
O cenário político permanece incerto. A aprovação da anistia dependerá de negociações entre os partidos e da decisão do STF sobre o julgamento de Bolsonaro. A proposta alternativa de Alcolumbre pode representar um caminho alternativo, mas enfrenta resistência de aliados do ex-presidente. A questão levanta debates sobre justiça, direito à defesa e a polarização política brasileira.
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