O governo dos Estados Unidos revogou os vistos americanos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta, ambos envolvidos no programa Mais Médicos. A ação, anunciada em agosto de 2025, ocorre após acusações de que o programa facilitou um esquema de trabalho forçado de médicos cubanos.
Acusações de trabalho forçado
Segundo o Departamento de Estado americano, Sales e Kleiman teriam contribuído para um esquema de exportação de mão de obra forçada do regime cubano, facilitando a contratação de médicos cubanos pelo Brasil, sem atender aos requisitos constitucionais brasileiros e burlando as sanções americanas contra Cuba. O Secretário de Estado, Marco Rubio, alegou que ambos conscientemente pagaram a Havana o que era devido aos trabalhadores médicos cubanos.
Reação do governo brasileiro
Mozart Sales, em publicação nas redes sociais, rechaçou as acusações, afirmando que o Mais Médicos “defende a vida e representa a essência do SUS”. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também se manifestou, declarando que o programa “sobreviverá aos ataques injustificáveis”.
"Essa sanção injusta não tira minha certeza de que o Mais Médicos é um programa que defende a vida e representa a essência do SUS", escreveu Sales.
Repercussão internacional
A decisão dos EUA gerou repercussão internacional. Veículos como Politico, Newsweek, Miami Herald e Al Jazeera destacaram as sanções, contextualizando-as dentro das tensões entre os EUA e Cuba, e entre os EUA e o Brasil.
Críticas ao Mais Médicos
O programa Mais Médicos, criado em 2013, sempre foi alvo de críticas, especialmente no que tange à parceria com Cuba. Relatórios apontam falhas graves, como a ausência de diagnóstico preciso sobre a necessidade de médicos e a falta de metas para avaliar a efetividade do programa. Um relatório do TCU em 2025 destacou essas deficiências, mesmo após a retomada do programa pelo governo Lula em 2023.
A revogação dos vistos levanta questionamentos sobre a transparência e a gestão do programa Mais Médicos, e suas potenciais implicações nas relações internacionais do Brasil.
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