Senador do PL defende impeachment de Moraes
O senador Wilder Morais (PL-GO) anunciou apoio ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcando uma reviravolta em seu posicionamento. Em 2017, Morais foi um dos articuladores da indicação de Moraes para a Corte. O anúncio ocorreu durante manifestações em Goiânia contra o ministro, onde Wilder afirmou pressionar o Senado pela pauta do impeachment, alegando já contar com o apoio de 34 senadores.
Em suas declarações, Morais destacou o impeachment como prioridade da direita e divulgou vídeos dos atos em suas redes sociais. Ele declarou:
A partir dessa semana, o pau vai quebrar lá em Brasília. Podem ter certeza: chegou o final do Alexandre de Moraes e chegou também o final do Lula. Ninguém aguenta mais esse país.
Reviravolta e contexto histórico
A mudança de postura de Wilder Morais gerou grande repercussão. Sua participação em 2017 na indicação de Moraes para o STF, em um jantar conhecido como “sabatina informal” a bordo do barco Champagne, contrasta fortemente com seu atual posicionamento. Embora Moraes tenha declarado surpresa com o local da reunião, em nota na época, Wilder agora lidera a campanha pelo impeachment.
O senador afirma que o requerimento de impeachment já conta com o apoio de 34 senadores e pressionará tanto os indecisos quanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para que a ação seja pautada. Ele também classificou o impeachment de Moraes como a principal pauta da direita no retorno das atividades parlamentares.
Reações e desdobramentos
A declaração de Wilder Morais gerou diversas reações. Deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG) chegaram a considerar a “Lei Magnitsky” insuficiente para Moraes, advocando por medidas mais severas. A situação política no Brasil permanece tensa, e os próximos passos do Senado em relação ao pedido de impeachment de Moraes serão decisivos para o desenrolar da crise.
A ação do senador demonstra a crescente polarização política no país e a pressão sobre o STF. A mobilização da direita em torno do impeachment de Moraes poderá intensificar os conflitos entre os poderes e marcar um novo capítulo na história política brasileira. A repercussão desse evento certamente continuará a ser acompanhada de perto pela imprensa e pela população.
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