Raízen anuncia desinvestimentos e prejuízo no 1º trimestre
A Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, anunciou nesta quinta-feira, 14 de agosto de 2025, desinvestimentos que totalizam R$ 3,6 bilhões desde o início da atual gestão, impactando os resultados financeiros da empresa. O anúncio ocorreu simultaneamente à divulgação de um prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26. Esses eventos ocorreram em meio a um aumento significativo da dívida líquida da empresa, que saltou para R$49,2 bilhões.
Segundo o CEO da Raízen, Nelson Gomes, as vendas de ativos fazem parte de uma estratégia de simplificação do portfólio, concentrando os esforços nos negócios centrais de etanol, açúcar e bioenergia, além da distribuição de combustíveis no Brasil. R$ 2,6 bilhões deste total ingressaram em caixa apenas neste ano fiscal.
Impacto nos resultados e aumento da dívida
O prejuízo bilionário contrasta com o lucro de R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo período da safra anterior. O Ebitda ajustado caiu 23,4%, atingindo R$ 1,9 bilhão, abaixo das expectativas de analistas. A empresa atribui a queda de desempenho ao segmento de distribuição de combustíveis na Argentina, afetado por uma parada de manutenção na refinaria e por efeitos negativos de inventário.
A alavancagem da Raízen, medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, aumentou de 2,3 vezes para 4,5 vezes. O aumento da dívida e as despesas financeiras foram apontados como fatores que pressionaram os resultados. Analistas do BTG Pactual destacam a necessidade de a Raízen acelerar o processo de desalavancagem.
Estratégias futuras
A Raízen afirma ter iniciado um novo ciclo, baseado em quatro pilares: simplificação do portfólio, foco no core business, eficiência operacional e fortalecimento da estrutura de capital. A empresa já vendeu 55 usinas de geração distribuída de energia e descontinuou as operações da Usina Santa Elisa.
Apesar do prejuízo e do aumento da dívida, o BTG Pactual mantém recomendação de compra para as ações da Raízen, acreditando que uma melhora no fluxo de caixa livre pode impulsionar a valorização dos papéis. A ação da Raízen sofreu forte queda após a divulgação dos resultados.
Quem? Raízen (joint venture Cosan e Shell). O quê? Anúncio de desinvestimentos e prejuízo bilionário. Quando? 14 de agosto de 2025. Onde? Brasil e Argentina. Por quê? Simplificação de portfólio e foco em negócios centrais.
Será que a estratégia de simplificação do portfólio da Raízen será suficiente para reverter a situação financeira da empresa?
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