Lucro do Banco do Brasil despenca no 2º trimestre de 2025
O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou na quinta-feira (14/08/2025) um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025, representando uma queda de 60% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A notícia impactou o mercado, com o resultado ficando abaixo da expectativa de consenso de R$ 4,99 bilhões, segundo a LSEG. A presidente do BB, Tarciana Medeiros, atribuiu a queda a um "ano de ajuste para aceleração do crescimento".
A redução de 60% representa o segundo trimestre consecutivo de queda no lucro do banco. A comparação semestral também aponta para uma queda significativa de 40,7%, com R$ 18,8 bilhões no primeiro semestre de 2024 contra R$ 11,2 bilhões no mesmo período de 2025. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) também caiu para 8,4% no segundo trimestre de 2025.
Impacto no pagamento de dividendos e projeções para 2025
O Banco do Brasil também anunciou uma redução no payout (percentual do lucro distribuído aos acionistas) para 30%, em comparação aos 40% a 45% previstos anteriormente. Esta decisão, segundo a empresa, se deve aos resultados, necessidade de caixa, e projeções de capital. A nova previsão de lucro para 2025 foi reduzida para uma faixa entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões, uma revisão significativa em relação à projeção anterior de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões. Analistas apontam um retorno de dividendos em apenas um dígito para o BB, possivelmente entre 8% a 5%.
Inadimplência e carteira de crédito
O aumento da inadimplência, principalmente na carteira de agronegócios e de Micro, Pequenas e Médias Empresas, foi um dos fatores determinantes para os resultados negativos. As perdas esperadas por empréstimos cresceram 89,3% no primeiro semestre, alcançando R$ 31,6 bilhões. A carteira de crédito do agronegócio, apesar de apresentar crescimento de 8% ano a ano, atingiu uma inadimplência de 3,49%. O Banco do Brasil afirma estar tomando medidas para reverter a situação, incluindo revisão dos fluxos de cobrança e reforço no relacionamento com os clientes.
Despesas administrativas
As despesas administrativas também subiram 4,7%, chegando a R$ 9,7 bilhões, com destaque para o aumento das despesas de pessoal.
Contexto e Possíveis Desdobramentos
A queda acentuada no lucro do Banco do Brasil e a redução do payout refletem um cenário desafiador para o setor financeiro, marcado por incertezas econômicas e aumento da inadimplência. Será crucial acompanhar os próximos trimestres para avaliar a eficácia das medidas tomadas pelo banco e a recuperação dos resultados. A reação do mercado às novas projeções e à redução dos dividendos também será um fator importante a ser observado. Será que esta queda impactará a confiança dos investidores a longo prazo?
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