Governo endurece regras do FGC após crise do Banco Master

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou novas regras para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) após a crise gerada pelo Banco Master. A medida, anunciada em 1º de agosto de 2025, visa reduzir riscos excessivos e entra em vigor em 1º de junho de 2026.

Mudanças nas Contribuições do FGC

A principal alteração diz respeito à contribuição adicional (CA) paga pelos bancos ao FGC. O multiplicador da CA dobrou, passando de 0,01% para 0,02% sobre os depósitos garantidos. Além disso, o gatilho para o pagamento da CA caiu de 75% para 60% da captação total. Isso significa que mais bancos pagarão a contribuição adicional, especialmente aqueles que captam recursos majoritariamente via CDBs com garantia do FGC. Essa mudança impacta principalmente bancos médios e pequenos.

Ajuste na Alavancagem

Outra mudança significativa impõe limites à alavancagem das instituições financeiras. Bancos com captação garantida pelo FGC superior a dez vezes seu patrimônio líquido ajustado serão obrigados a investir o excedente em títulos públicos federais. Essa medida visa reduzir a exposição a riscos excessivos, como o observado no caso do Banco Master, que utilizava recursos captados com garantia do FGC para investimentos de alto risco.

Contexto: O Caso Banco Master

A decisão do CMN se deu após a crise financeira envolvendo o Banco Master, que utilizou a garantia do FGC como atrativo para captar recursos por meio de CDBs com alta remuneração, investindo posteriormente em ativos de risco. A compra do Banco Master pelo BRB ainda está em processo de aprovação pelo Banco Central.

"A nova norma obriga a instituição associada que estiver excessivamente alavancada a aplicar os recursos excedentes em ativos seguros – títulos públicos federais, evitando, assim, a tomada de riscos excessivos por parte da instituição na aplicação em outros ativos." - Banco Central

Implicações e Possíveis Desdobramentos

As novas regras aumentam o custo para bancos que dependem fortemente da garantia do FGC para captação. Isso pode levar a uma mudança de estratégias de investimento e captação por parte das instituições afetadas. O Banco Central afirma que as mudanças não prejudicam o crescimento orgânico das instituições financeiras e a competição no setor. Entretanto, o impacto a longo prazo ainda é incerto.

Será interessante observar como o mercado se ajustará às novas normas e se as medidas serão eficazes na prevenção de crises futuras. A aprovação da compra do Banco Master pelo BRB também será um fator importante a ser acompanhado.

Folha de S.Paulo
Imagem obtida do site: Folha de S.Paulo

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Folha de S.PauloGoverno muda FGC após caso Master e aperta regras para captaçãoFolha de S.Paulo
Agência BrasilConselho Monetário aperta regras do FGC após caso do Banco MasterAgência Brasil
EstadãoCMN endurece regras do FGC para reduzir ‘riscos excessivos’ após caso MasterEstadão

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