A Bolívia realiza eleições presidenciais neste domingo (17), que podem marcar o fim de quase 20 anos de governos de esquerda, liderados pelo Movimento ao Socialismo (MAS). A divisão interna do MAS, com o ex-presidente Evo Morales impedido de concorrer e o atual presidente Luis Arce sem buscar a reeleição, enfraquece a esquerda.
Candidatos e Intenções de Voto
Pesquisas indicam que candidatos de direita lideram as intenções de voto. Samuel Doria Medina, da coalizão Alianza Unidad, e o ex-presidente Jorge "Tuto" Quiroga, da Aliança Livre, são os favoritos, podendo disputar um segundo turno. Medina promete resolver a escassez de dólares e combustível em 100 dias, enquanto Quiroga propõe a privatização das empresas estatais. A pesquisa Ipsos-Ciesmori aponta Medina com cerca de 21% e Quiroga com 20% das intenções de voto. Outra pesquisa, da Atlas/Intel, coloca Quiroga em primeiro lugar com 22,3% e Medina com 18%. Os candidatos esquerdistas Andrónico Rodríguez e Eduardo del Castillo aparecem com percentuais significativamente menores.
Contexto Econômico
A Bolívia enfrenta uma grave crise econômica, com escassez de dólares, combustíveis e alimentos, e inflação próxima a 25%. A situação econômica, atribuída ao governo de Luis Arce, impacta a popularidade do MAS e favorece os candidatos da direita que prometem mudanças no modelo econômico estatal.
Incidente em Kutimarca
Um possível artefato explosivo foi detonado perto de um local de votação em Kutimarca, Cochabamba, no sábado (16). Apesar do incidente, as autoridades relatam que a votação iniciou normalmente neste domingo.
O Processo Eleitoral
A votação ocorre das 8h às 16h (horário local), com cédulas de papel. Os votos são contados manualmente e os resultados preliminares divulgados no próprio dia. A proclamação oficial depende da revisão das atas pelo Tribunal Supremo Eleitoral.
Conclusão
As eleições na Bolívia representam um momento crucial para o país, com a possibilidade de uma mudança significativa na direção política após quase duas décadas de hegemonia da esquerda. A crise econômica e a fragmentação do MAS criaram um cenário favorável à direita, mas a incerteza permanece até a apuração final dos votos. O resultado terá implicações profundas para o futuro econômico e político da Bolívia.
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