Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, e Márcio Gomes, diretor da Fast Shop, foram presos na manhã desta terça-feira (12) em São Paulo. A prisão faz parte da Operação Ícaro, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que investiga um esquema de corrupção envolvendo um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda estadual e empresas do varejo, com propina estimada em mais de R$ 1 bilhão.
Detalhes da Operação Ícaro
A operação mira um esquema em que um auditor fiscal teria recebido vantagens indevidas para favorecer empresas na quitação de créditos tributários. Segundo o MPSP, quase 400 e-mails comprovam a existência de um acordo criminoso entre o auditor e as empresas. O auditor, apontado como o principal operador do esquema, manipulava processos administrativos para facilitar a quitação irregular de impostos. Além de Oliveira e Gomes, o auditor fiscal também foi preso.
Acusações e Prisões
Os envolvidos podem responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Durante as buscas, foram apreendidos dinheiro em espécie, em reais e moedas estrangeiras, além de esmeraldas. Em um dos endereços, foram encontrados R$ 330 mil, cerca de US$ 10 mil e € 600. A Secretaria da Fazenda de São Paulo abriu um processo administrativo para investigar a conduta do servidor e solicitou ao MPSP o compartilhamento das informações.
Trajetória de Sidney Oliveira
Sidney Oliveira, conhecido por sua agressiva política de preços baixos na Ultrafarma, construiu um império a partir de origens humildes no Paraná. Ele relata ter começado a trabalhar aos sete anos e fundou a Ultrafarma em 2000, transformando a dinâmica do setor farmacêutico.
Expansão da Ultrafarma
A Ultrafarma expandiu seus negócios além de medicamentos, tornando-se líder nacional na venda de vitaminas e suplementos. A empresa também implementou um modelo de licenciamento da marca "Sidney Oliveira", permitindo que farmácias independentes utilizem a bandeira para acesso a preços competitivos.
Desdobramentos
A investigação segue em andamento, e novas prisões e desdobramentos são esperados. A CNN Brasil, o Valor Econômico e o InfoMoney estão acompanhando o caso e buscam contato com as defesas dos envolvidos para obter um posicionamento.
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