Corinthians x Bahia: polêmica com Kauê Furquim gera crise

A transferência do atacante Kauê Furquim, de 16 anos, do Corinthians para o Bahia, gerou uma polêmica que envolve acusações de aliciamento e questionamentos sobre a legislação brasileira. O Bahia pagou a multa rescisória de R$ 14 milhões, gerando revolta na diretoria do Corinthians, que promete recorrer à CBF e à FIFA.

O Corinthians poderia ter evitado a saída?

O Corinthians aumentou o salário de Kauê Furquim para elevar a multa rescisória para clubes brasileiros. No entanto, o jogador e sua família preferiram a proposta do Bahia. O clube alvinegro poderia ter notificado a Federação Paulista de Futebol (FPF) sobre a proposta de renovação, garantindo assim preferência na negociação. Porém, especialistas em direito esportivo afirmam que essa medida pode não ser eficaz, pois o direito de preferência não garante o direito de renovação. Basta uma pequena diferença salarial para invalidar a preferência, especialmente em disputas entre clubes com diferentes capacidades financeiras, como é o caso do Bahia, que pertence ao Grupo City.

Opinião de especialistas

“Direito de preferência não é direito de renovação. Os clubes preferem negociar as renovações, a exercerem a preferência, pois somente o novo contrato traz total segurança jurídica. Basta um real a mais para que a preferência não valha.”

– Cristiano Caús, especialista em direito desportivo da CCLA Advogados.

Houve aliciamento?

O Corinthians acusa o Bahia de aliciamento, prática considerada antiética e ilegal. Especialistas explicam que o aliciamento ocorre quando um terceiro, sem autorização do clube, negocia diretamente com o atleta ou seu representante para transferência. O artigo 28 do Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas da CBF permite a rescisão unilateral mediante pagamento de cláusula indenizatória. O tema, no entanto, é controverso, com margem para diferentes interpretações legais.

Lei precisa mudar?

A legislação brasileira de 2011 estabelece duas multas rescisórias: uma para o mercado internacional (valor livre) e outra para o nacional (teto de 2 mil vezes o salário). Essa diferença é criticada pelo Corinthians, que argumenta que ela facilita a saída de atletas para clubes estrangeiros com maior poder financeiro. Especialistas apontam que a multa rescisória brasileira é uma das maiores do mundo e que a regra de transferência-ponte é insuficiente para combater a reserva de mercado obtida com a circulação de jogadores dentro do mesmo MCO (Multi-Clubes Owners).

GE
Imagem obtida do site: GE

A situação acirrou o clima entre os clubes, e o jogo entre Corinthians e Bahia, neste sábado, será acompanhado com atenção especial.

Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, confira as fontes abaixo:

Meu TimãoCorinthians enfrenta o São Paulo nas semifinais do Brasileirão FemininoMeu Timão
GECorinthians poderia ter evitado saída de Kauê Furquim? Lei precisa mudar? Especialistas opinamGE
UOLCrise nos bastidores preocupa Bahia, que vê clima hostil contra CorinthiansUOL

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem