A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (20) o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por tentativa de obstrução da justiça no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. A ação também resultou em buscas contra o pastor Silas Malafaia, incluindo apreensão de celular e restrição de viagens.
Indícios de Coação
Segundo o relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF entende que Bolsonaro e Eduardo atuaram para prejudicar as investigações, incluindo ações junto ao governo Trump. A investigação apontou intensa atividade de Bolsonaro na produção e disseminação de mensagens nas redes sociais, mesmo após medidas cautelares. O relatório detalha mensagens de Malafaia a Bolsonaro solicitando a divulgação de vídeos, sugerindo interferência na apuração. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, publicou conteúdo em inglês nas redes sociais, com o objetivo declarado de alcançar o público externo e interferir no processo.
Buscas e Apreensão Contra Malafaia
Agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão contra Malafaia, apreendendo seu celular e outros materiais. O pastor, que havia retornado ao Brasil vindo de Lisboa, foi conduzido para prestar depoimento. A PF afirma ter recuperado áudios e mensagens apagadas do celular de Bolsonaro, reforçando as suspeitas de articulação para intimidar autoridades e atrapalhar as investigações.
Contexto da Investigação
O inquérito, aberto em maio a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro buscando sanções contra ministros do STF nos EUA. Bolsonaro, que já cumpre prisão domiciliar, teve a investigação prorrogada por mais 60 dias pelo ministro Alexandre de Moraes.
Possíveis desdobramentos incluem novas medidas judiciais contra os indiciados e aprofundamento das investigações sobre a tentativa de golpe. A repercussão política do caso deve ser significativa, especialmente considerando o impacto no cenário eleitoral.
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