Bolsonaro e Eduardo indiciados; PF relata falhas em provas

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por tentativa de obstrução da justiça, em investigação sobre a trama golpista. A ação, no entanto, aponta falhas significativas na recuperação de provas, incluindo áudios, imagens e vídeos cruciais para a apuração. O evento ocorreu em 21 de agosto de 2025, após a entrega de um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Falhas na Recuperação de Provas

O relatório da PF destaca a perda de pelo menos dez áudios, quatro imagens e um vídeo, devido a limitações do WhatsApp, que não armazena os arquivos de mídia, apenas seus metadados. Essas provas ausentes comprometem a compreensão completa dos eventos, especialmente momentos-chave, como respostas de Bolsonaro a comentários de Eduardo sobre o futuro político da família e estratégias com Tarcísio de Freitas. Também não foram recuperados áudios sobre a narrativa de sucessão e possíveis mudanças na relatoria de processos no STF.

Provas Perdidas e suas Implicações

Entre as provas perdidas estão imagens enviadas por Eduardo a Bolsonaro, que geraram uma repreensão por críticas ao ministro Gilmar Mendes. Um vídeo com a legenda “Pressão aumenta nos EUA. Pode ter certeza, não estamos parados” também não foi encontrado. A ausência de uma imagem sobre 'ludibriar a inteligência americana' e a respectiva resposta em áudio de Bolsonaro dificulta a análise da coordenação entre os envolvidos e possíveis agentes estrangeiros. A PF utiliza o contexto das conversas e metadados disponíveis para contornar as falhas, mas admite que a ausência dessas mídias enfraquece a investigação.

Discussão entre Bolsonaro e Eduardo

Separadamente, documentos da PF revelam uma discussão entre Bolsonaro e Eduardo no dia 15 de julho de 2025, após Bolsonaro chamar o filho de “imaturo” em entrevista sobre o tarifaço americano. Eduardo questionou o pai se o mesmo chamaria Michel Temer da mesma forma, usando termos ofensivos na conversa, e cobrou responsabilidade. Ele declarou:

“Quero que você olhe para mim e enxergue o Temer. Você falaria isso do Temer? Só isso.”

Contexto da Discussão

A discussão ocorreu seis dias após o anúncio do tarifaço de 50% dos EUA a produtos brasileiros. Bolsonaro criticava as diferentes reações de Eduardo e Tarcísio de Freitas ao evento. Após a discussão acalorada, Eduardo posteriormente pediu desculpas pelo tom da conversa.

Investigação em Andamento

A investigação envolve também o pastor Silas Malafaia, cujo celular foi apreendido. Especialistas apontam que o relatório da PF, apesar dos indiciamentos, não apresenta materialidade de crimes suficiente, sugerindo uma possível tentativa de exposição pública de ruídos políticos. A investigação segue em andamento, buscando elucidar totalmente os fatos.

Imagem obtida do site: G1

Este conteúdo foi desenvolvido com o auxílio de inteligência artificial. Para mais informações sobre o conteúdo discutido, confira as fontes abaixo:

	'Você falaria isso do Temer?', questionou Eduardo a Bolsonaro após ser chamado de 'imaturo'G1
	PF falha na recuperação de provas em indiciamento de BolsonaroGazeta do Povo
	Quem é Fernanda Bolsonaro, que PF diz ser autora de arquivo sobre asiloUOL Notícias