Queda expressiva nas ações do Banco do Brasil
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) registraram uma queda acentuada de quase 7% em 04 de agosto de 2025, após a divulgação de dados do Banco Central que revelaram um lucro líquido de apenas R$ 500 milhões em maio. Este resultado representa uma drástica redução em comparação aos R$ 1,7 bilhão lucrados em abril e uma queda superior a 70% em relação ao lucro de maio de 2024 (R$ 3,4 bilhões).
A principal razão para a queda é o baixo lucro de maio, contrastando com as expectativas de mercado. Analistas projetavam um lucro de cerca de R$ 5 bilhões para o segundo trimestre, cenário que agora parece improvável. Para atingir essa projeção, o banco precisaria de um lucro de R$ 3 bilhões em julho, um desafio considerando a deterioração das tendências operacionais.
Preocupações com a inadimplência do agronegócio
Um analista, citado pelo Brazil Journal, destaca a piora da inadimplência no agronegócio em junho como fator de pressão para os resultados futuros. A estimativa é de um 'miss' significativo na divulgação dos resultados do segundo trimestre. Considerando os dados de abril e maio, o run rate para o trimestre seria de R$ 3,3 bilhões, representando um 'miss' de 34% em relação ao consenso e um ROE de apenas 8%.
Projeções divergentes
Outras instituições financeiras apresentam projeções divergentes. O Bradesco BBI projeta um lucro de R$ 3,5 bilhões no segundo trimestre para o Banco do Brasil, enquanto o Morgan Stanley estima R$ 3,345 bilhões, e o Goldman Sachs R$ 3,4 bilhões. Estas projeções são significativamente menores do que o consenso do mercado. O Itaú, por outro lado, apresentou resultados positivos em maio, com lucro de R$ 4,3 bilhões.
O Banco do Brasil divulgará seus resultados do segundo trimestre em 14 de agosto. A expectativa é de um resultado inferior ao esperado, após a ação ter caído 35% desde a divulgação dos resultados decepcionantes do primeiro trimestre. O volume negociado no dia da queda foi de R$ 1,6 bilhões, três vezes maior que a média diária. JP Morgan e Bank of America foram as corretoras que mais venderam ações do BB.
Contexto e possíveis desdobramentos
A queda acentuada nas ações do Banco do Brasil reflete a preocupação do mercado com a performance financeira do banco. A inadimplência no agronegócio, combinada com as projeções de lucros abaixo do esperado, criam um cenário de incerteza. Será crucial acompanhar a divulgação dos resultados do segundo trimestre para avaliar o impacto desses dados e suas consequências para a instituição.
Será que o Banco do Brasil conseguirá reverter essa tendência negativa? A resposta dependerá da capacidade de gestão de riscos e da recuperação da carteira de crédito do agronegócio.
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