A Totvs fechou a compra da Linx da Stone por R$ 3,05 bilhões, encerrando um processo iniciado há um ano. O anúncio foi feito na terça-feira (22/07/2025), envolvendo a aquisição da totalidade das ações da empresa de software para varejo. A transação, altamente vantajosa para a Stone, foi concluída a um múltiplo de 11,5 vezes o lucro estimado da Linx para 2026.
Detalhes da Transação
O enterprise value da Linx foi avaliado em R$ 3,41 bilhões, considerando o caixa líquido de R$ 360 milhões, retido pela Stone. A Stone também manterá todo o caixa gerado pela Linx até o fechamento da operação. Um analista de uma gestora comprada pela Stone afirmou ao Brazil Journal que “É uma transação que faz sentido para as duas empresas”. A Stone venderia a um múltiplo bem acima do seu, permitindo a remuneração dos acionistas, enquanto a Totvs comprou abaixo do seu múltiplo de negociação.
Ativos da Stone
Inicialmente, havia dúvidas sobre se a Stone venderia apenas a Linx ou outros ativos de software. Nesta transação, somente a Linx foi negociada, porém, em junho, a Stone já havia vendido a SimplesVet à PetLove por R$ 140 milhões. A Stone detém outros ativos, incluindo Reclame Aqui e Questor, com receita anual combinada de R$ 326 milhões e EBITDA de R$ 32 milhões. A Stone agora avaliará o futuro desses ativos restantes.
Parceria Totvs-Stone
Outra questão era a manutenção do contrato de integração entre as maquininhas da Stone e os serviços financeiros com o software da Linx. Segundo fontes próximas à Stone, essa parceria não será mantida, sendo agora uma disputa aberta no mercado. A Stone optou pela venda após constatar a complexidade da integração da Linx com seus serviços financeiros, com apenas uma integração de backoffice concluída até o momento.
Próximos Passos e Contexto
O processo de venda, iniciado em setembro de 2024, atraiu diversos players. Em fevereiro de 2025, a Stone suspendeu as negociações por falta de propostas adequadas ao preço desejado. Em abril de 2025, as conversas entre Linx e Totvs foram retomadas com exclusividade. A Stone planeja usar os recursos da venda para recompras de ações e dividendos, avaliando outras opções estratégicas posteriormente. JP Morgan, Morgan Stanley e BTG Pactual assessoraram a Stone, enquanto Itaú BBA assessorou a Totvs. A aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e dos acionistas da Totvs é necessária para a conclusão da transação.
Será que essa aquisição impactará significativamente o mercado de software para varejo? O tempo dirá.
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