A semana que se inicia se mostra crucial para o mercado brasileiro, com diversos eventos capazes de impactar significativamente a economia nacional. A principal preocupação reside na ameaça de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras, com vigência a partir de 1º de agosto, anunciadas pelo governo dos EUA. As incertezas sobre a possibilidade de um acordo com Washington antes desta data, somadas às decisões de política monetária do Copom e do Fomc, mantém os investidores em alerta.
Impacto das Tarifas Americanas
O governo americano anunciou tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, gerando grande apreensão no mercado. A XP Investimentos aponta um impacto desinflacionário direto, devido à menor demanda global e maior oferta doméstica. No entanto, existe o risco de desvalorização do real e, embora improvável, a possibilidade de retaliação brasileira com aumento de tarifas sobre importações americanas, o que geraria um efeito inflacionário.
Negociações e Contingências
Apesar dos esforços do governo brasileiro, com o vice-presidente Geraldo Alckmin à frente das negociações, a Casa Branca ainda não sinalizou disposição para o diálogo. O governo Lula prepara um plano emergencial com mais de 30 medidas para mitigar os impactos, incluindo crédito a setores afetados. O presidente Lula também sancionou o programa “Acredita Exportação”. A expectativa é de que novas sanções americanas atinjam autoridades do alto escalão do governo brasileiro esta semana.
Decisões de Política Monetária
Além das tarifas, a semana será marcada pelas decisões de política monetária. A expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano pelo Copom, com atenção ao comunicado sobre a perspectiva de cortes futuros. Nos EUA, o Fomc deve manter a taxa de juros inalterada em 4,25%-4,50%, mas o debate interno é aguardado com atenção.
Indicadores Econômicos
Diversos indicadores econômicos serão divulgados, tanto no Brasil quanto nos EUA. No Brasil, destaque para o relatório do CAGED e os dados de produção industrial de junho, além da temporada de resultados de grandes empresas como Ambev, Mercado Livre, Santander, Bradesco, TIM, Vale, Gerdau e CSN. Nos EUA, a atenção se volta para dados de mercado de trabalho (JOLTs, ADP e Nonfarm payroll), o deflator PCE e os resultados do 2T25 de grandes empresas de tecnologia.
Cenário para o Mercado
A combinação de incertezas tarifárias, decisões de política monetária e resultados corporativos torna o cenário bastante volátil. O Ibovespa, que encerrou segunda-feira em queda, deve oscilar conforme as notícias. O impacto das tarifas e a resposta do governo brasileiro serão fatores determinantes para o desempenho dos ativos locais no médio e longo prazo. Será que o Brasil conseguirá evitar o tarifaço e quais as medidas tomadas caso o pior cenário se concretize?
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