O governo dos EUA anunciou investigação comercial contra o Brasil, incluindo o Pix entre as práticas consideradas "desleais". A medida, já esperada após ameaças de tarifas de 50% por Donald Trump, investiga supostas irregularidades na adoção do sistema de pagamentos brasileiro, alegando prejuízo a empresas americanas.
Investigação abrange diversos setores
Além do Pix, a investigação do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) apura a falta de combate à pirataria, deficiências no combate à corrupção e vantagens de fazendeiros brasileiros na produção de soja e gado. O USTR alega que práticas comerciais desleais do Brasil criam barreiras para bens americanos há décadas. A investigação segue a Seção 301, já utilizada contra China e Indonésia.
Reações ao alvo do Pix
A inclusão do Pix gerou reações no Brasil. O ministro Rui Costa classificou como "inacreditável" a preocupação de Trump com o sistema de pagamentos. O governo brasileiro publicou em suas redes sociais: "O Pix é nosso, my friend". Especialistas apontam a possibilidade de a investigação visar a proteção de interesses de empresas americanas de tecnologia e pagamentos, prejudicadas pela gratuidade e popularidade do Pix.
Possíveis Motivações
Especialistas sugerem que empresas americanas como a Meta, com seu sistema de pagamentos suspenso no Brasil, tenham motivado a investigação. A gratuidade do Pix e seu impacto no mercado de pagamentos também são fatores relevantes. A economista Carla Beni da FGV-SP afirma que para o Brasil, a investigação é um ataque à soberania nacional.
Impacto e consequências
O advogado Frederico Glitz destaca que a investigação pode levar à imposição de tarifas adicionais sobre produtos brasileiros, ou até mesmo proibições de importação. A investigação também inclui a Rua 25 de Março, em São Paulo, acusada de vender produtos falsificados. Lojistas da região, no entanto, minimizaram o impacto, afirmando que a decisão americana não afeta o comércio local.
Debate político no Brasil
A investigação gerou debate acalorado no Congresso Brasileiro, com deputados atribuindo a responsabilidade a Trump ou a Lula. O governo brasileiro afirma que responderá com reciprocidade se a diplomacia falhar.
O USTR realizará audiência pública em 3 de setembro para discutir o tema. Comentários escritos devem ser enviados até 18 de agosto.
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