As idosas Iraci Nagoshi, 72 anos, e Vildete Guardia, 74, tiveram suas prisões domiciliares revogadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após inúmeros descumprimentos das medidas cautelares impostas.
Descumprimento reiterado das medidas
Segundo monitoramento das tornozeleiras eletrônicas, Iraci violou as regras da prisão domiciliar em mais de 900 ocasiões em 2025, incluindo saídas não autorizadas, fim de bateria e falta de sinal de GPS. Já Vildete descumpriu as condições em 20 datas diferentes. O ministro Moraes destacou o desprezo das idosas pela Justiça, considerando os numerosos descumprimentos. Em decisão de 16 de julho, Moraes afirmou que Iraci “tem descumprido reiteradamente, sem qualquer autorização desta Corte, a Prisão Domiciliar imposta (...) para a realização de atividades recreativas como: musculação, hidroginástica e pilates”.
Justificativas rejeitadas
A defesa das idosas alegou problemas técnicos e a necessidade de atendimentos médicos como justificativa para as violações. Embora Moraes tenha aceitado justificativas anteriores, referentes a sessões com psicólogos e fisioterapeutas, os constantes descumprimentos levaram à revogação da prisão domiciliar.
Retorno ao regime fechado
Ambas as idosas foram condenadas por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. A decisão de Moraes para Iraci, datada de 16 de julho, decretou seu retorno ao regime fechado. Vildete retornou ao regime fechado em 14 de julho, após decisão de Moraes em 7 de julho, baseada em um laudo médico que atestou que não havia necessidade de cuidados especiais incompatíveis com o sistema penitenciário. Um advogado próximo à família de Vildete confirmou o retorno ao regime fechado.
Contexto do caso
Das 497 pessoas julgadas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, sete têm mais de 70 anos. O ministro Moraes usou o caso para desmentir narrativas nas redes sociais que acusam o STF de condenar inocentes, afirmando que não há indícios de que as idosas eram “velhinhas com a Bíblia na mão” passeando inocentemente.
A reportagem entrou em contato com o advogado das idosas, Jaysson França, aguardando manifestação para atualização do texto.
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