Novo filme do Superman divide opiniões nos EUA
O novo filme do Superman, estrelado por David Corenswet, gerou controvérsia nos EUA após seu lançamento, dividindo opiniões entre críticos e público. O longa-metragem, que chega aos cinemas brasileiros em 10 de julho, apresenta uma versão do herói com foco na 'moralidade universal', em vez do tradicional excepcionalismo americano. A estreia foi marcada pela repercussão de declarações do diretor James Gunn, que confirmou a abordagem política do filme: "Sim, é sobre política", disse Gunn ao jornal britânico 'The Times', antes de acrescentar que também é "sobre a bondade humana".
O diretor James Gunn, conhecido por seu trabalho em Guardiões da Galáxia, justificou a abordagem ao afirmar que este Superman simboliza os EUA mesmo em estado deplorável, ainda apoiando o bem, focando na proteção dos fracos globalmente, mesmo que isso o coloque em risco.
Críticas da ultradireita americana
A abordagem de Gunn, no entanto, não agradou a setores conservadores americanos, que o acusam de ter transformado o super-herói em uma figura 'woke'. Críticas direcionadas ao filme foram feitas por comentaristas políticos de direita, que chegaram a pedir boicotes ao filme. A apresentadora da Fox News, Kellyanne Conway, expressou sua preocupação com a possibilidade do filme impor ideologias, questionando seu sucesso em bilheteria.
Contexto das Guerras Culturais
O debate em torno do filme se insere no contexto das atuais guerras culturais nos EUA. Existe uma percepção entre os fãs de que o universo DC é mais conservador e o universo Marvel mais liberal. O crítico de cinema A.O. Scott, em podcast, destacou a ausência de participação democrática no universo cinematográfico do Batman, em contraste com a visão de mundo mais inclusiva representada nos filmes da Marvel.
Gunn, conhecido por suas críticas ao presidente Donald Trump, já havia se envolvido em controvérsias no passado, sendo retirado do terceiro filme de Guardiões da Galáxia pela Disney, após polêmicas declarações nas redes sociais. Sua transição para a DC e a nova abordagem no filme Superman acirram o debate ideológico envolvendo a indústria cinematográfica.
Origens do Superman e a imigração
A história original do Superman, criada por imigrantes judeus Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, já trazia um contexto de luta contra o antissemitismo e a ascensão do nazismo. O fato de Superman ser um 'alienígena não documentado', que é acolhido por uma família na Terra, foi reforçado pelo ACNUR em 2018, no livro "Superman também foi um refugiado", adicionando uma camada de complexidade à narrativa.
Conclusão
O novo filme do Superman não é apenas uma produção de entretenimento, mas um reflexo das tensões políticas e sociais presentes nos EUA. A recepção polarizada do filme, com elogios e críticas acirradas, demonstra a influência da cultura pop no debate ideológico contemporâneo. A abordagem de Gunn, ao mesmo tempo que celebra os valores clássicos do herói, insere-o num contexto atual, promovendo discussões relevantes sobre moralidade, justiça e identidade.
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