Mel brasileiro embarca após temor de tarifa de Trump

Após compradores americanos temerem a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump, contêineres com 95 toneladas de mel orgânico do Piauí foram embarcados neste domingo (13), evitando a aplicação da taxa prevista para 1º de agosto. A carga, da Casa Apis, estava no Porto do Pecém (CE) desde sexta-feira (11), quando os compradores solicitaram a suspensão do embarque.

Embarques e Impasses

O presidente da Casa Apis, Sitônio Dantas, afirmou que, apesar do susto, os contratos com os clientes americanos foram mantidos. A carga foi dividida em diferentes navios, com o mel chegando em datas variadas, possivelmente com alguns lotes já sob a tarifa. Outra carga, com mais de 500 toneladas de mel do Grupo Sama, ainda enfrenta impasses e aguarda negociação para embarque antes da data limite.

Alternativas e Desafios

Dantas explicou que o embarque foi suspenso, mas não os negócios. Contratos com os compradores americanos se estendem até dezembro, e a Casa Apis espera exportar cerca de mil toneladas adicionais até o fim do ano. O setor apícola piauiense, porém, enfrenta dificuldades devido à estiagem, com previsão de queda de 40% na produção em 2025. A incerteza da tarifa de Trump se soma a esses desafios.

“Agora é esperar até o dia 1º de agosto para a gente ver como fica essa situação”, disse Sitônio.

Contexto Político e Econômico

A decisão de Trump impactou o setor de mel brasileiro, que depende fortemente do mercado americano. O governo brasileiro busca alternativas comerciais em países como China, Austrália, Reino Unido, Vietnã, México e Chile, focando em produtos como café, suco de laranja, carne bovina, pescados e frutas. A questão também permeia o cenário político, com o governo Lula utilizando o tema da soberania nacional para criticar o ex-presidente Bolsonaro. Contudo, analistas apontam que o impacto político da tarifa pode ser limitado entre os eleitores mais fiéis a Bolsonaro.

G1
Imagem obtida do site: G1

Será que a pressão internacional e as estratégias do governo brasileiro serão suficientes para evitar impactos maiores sobre a economia nacional? O tempo dirá.

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