O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, subiu 0,24% em junho, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (10). Este resultado, acima do teto da meta de inflação, implica no descumprimento da meta pelo sexto mês consecutivo, levando o Banco Central a publicar uma nova carta ao ministro da Fazenda.
Impacto da Energia Elétrica
A principal causa da alta foi a energia elétrica residencial, com aumento de 2,96% devido à bandeira tarifária vermelha patamar 1. Este subitem teve o maior impacto individual no índice (0,12 p.p.), segundo o IBGE. Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, destacou a alta de 6,93% no primeiro semestre, a maior desde 2018, atribuída à redução da produção de hidrelétricas e ao uso de termelétricas mais caras.
Queda nos Preços de Alimentos
Em contraponto, o grupo Alimentação e Bebidas registrou queda de -0,18%, a primeira em 9 meses. A queda foi impulsionada pela redução nos preços de ovos (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%), enquanto o tomate registrou alta de 3,25%. O IBGE atribui a queda ao aumento na produção da safra.
Reações e Desdobramentos
O resultado de junho coloca a inflação acumulada em 2,99% no ano e 5,35% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto de 4,5% da meta. Como consequência, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, deverá enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando o estouro da meta e as medidas a serem tomadas. Essa é a segunda vez em seu mandato que Galípolo terá que justificar um índice fora da meta.
Contexto Econômico
A alta da energia elétrica reflete a escassez de chuvas, impactando a geração hidrelétrica e elevando os custos. A queda nos preços de alimentos, por outro lado, é resultado de uma safra abundante. A situação levanta questões sobre as políticas governamentais para controlar a inflação e garantir o abastecimento de energia. Será que o governo conseguirá conter a inflação nos próximos meses?
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