A Controladoria-Geral da União (CGU) investiga o uso de áudios manipulados por associações para contestar ressarcimentos de aposentados e pensionistas do INSS. Mais de um milhão de aposentados já foram ressarcidos de descontos irregulares, aplicados por entidades associativas, desde o início dos pagamentos em 24 de julho.
Investigação da CGU
A CGU abriu investigação sobre a prática, chamada de “fraude da fraude”, que envolve gravações editadas para simular autorizações de descontos em benefícios previdenciários. A investigação foi iniciada em 24 de julho, mesmo dia em que começou o ressarcimento aos aposentados afetados. A apuração envolve 33 Inquéritos Administrativos (IPSs) contra 38 associações, com a possibilidade de abertura de novos processos. A complexidade dos fatos e a multiplicidade de entidades envolvidas justificam a extensão da investigação.
Áudios Manipulados
Em um dos casos, a Ambec (Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos) apresentou uma gravação editada para simular a autorização de uma beneficiária para descontos. Outro caso envolve um aposentado que respondeu apenas “sim”, com suspeita de manipulação para alterar o sentido da resposta. Ouça os áudios completos no site do Poder360: link.
Ressarcimento do INSS
Até o momento, 533 mil aposentados já receberam os valores descontados indevidamente. O INSS espera ressarcir 1,147 milhão de segurados até quarta-feira. Os pagamentos são feitos diariamente em lotes, por ordem de adesão ao acordo com o governo, que tem prazo até 14 de novembro. A adesão pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS ou nas agências dos Correios.
Afastamento de Servidores
O INSS afastou quatro servidores técnicos por suposta ligação com os descontos ilegais. O afastamento preventivo, de 60 dias, visa preservar o interesse público enquanto a investigação da CGU continua.
Contexto e Desdobramentos
As associações envolvidas estão ligadas ao empresário Maurício Camisotti, investigado pela Polícia Federal por suspeita de fraude de mais de R$ 40 milhões. A defesa de Camisotti afirma que sua empresa atua de forma independente. A investigação levanta questões sobre a responsabilidade das associações, dos correspondentes bancários envolvidos na captação de áudios e do próprio sistema do INSS. Será que medidas mais rígidas serão tomadas para prevenir futuras fraudes?
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